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Dor que se preza vira poesia.
De que serviria o choro,
Se tal pranto não pudesse
Se poetizar?
As dores do desamor
Sevem de calor para o poeta
Que já estava a congelar de frio.
Frio da alma,
Frio sem calma,
Que se aquece
Na poesia que
Vagarosamente o acalma.
É preciso poetizar a dor.
É preciso entendê-la
E posteriormente
Descrevê-la em folhas,
Mesmo que tais folhas estejam
Banhadas pelo choro.
Pois se ainda cai lágrima
É porque ainda existe vida,
E se ainda existe vida
Ainda existe alma.
Mostre-me uma poesia
Feita sem alma
Que te mostrarei um
Monge sem calma.
E se achares tal escrito absurdo
Saibas que és fajuto.
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Poesia :
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Comentários
Re: Dor que se presa vira poesia.
Pois se ainda cai lágrima
É porque ainda existe vida,
E se ainda existe vida
Ainda existe alma.
Você me surpreendeu! Verdadeiramente da dor brota a poesia, para nós poetas, assim como a canção para os músicos e a pintura para os artistas.
O que se passa em nossa alma é o que transmitimos na pena, no violão ou na tela.
Não há dor sem alma, nem alma que não doa. rs
Muito bom mesmoooooooooo!!! gostei!
Re: Dor que se presa vira poesia.
o último verso dispensa o comentário, não? seu texto é enxuto e direto, talvez um pouco prosaico, mas muito bom. abraços e bom domingo, Pedro.