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E a festa veste-se em cada madrugada
lavrando regos a cada passada.
É o renovo a cada alvorada.
De verde marcada. De vermelho anunciada.
E é da calçada o espanto das pressas
percorrendo as ruas de promessas,
não as dos homens, esses abalaram
mas as dos sonhos; esses ficaram.
Sem morada assinalada,
Sem hora anunciada.
E eu quero-me calçada
ecoando a liberdade sufocada
nos montes da minha memória,
nos mares pesados de História,
nas bandeiras desonradas,
nas terras abandonadas.
Ecos a ensurdecer a pacatez,
palavras urgentes a cocegar a mudez,
pombas redentoras a rasgar horizontes,
cravos diferentes a nascerem aos montes,
sóis claros a clarear os empedernidos,
sons do mundo a esperançar os feridos…
…Assim, há sempre vida na calçada
e a festa veste-se em cada madrugada.
OF – 24-04-16
Obra de René Magritte em http://portate-mal.blogspot.pt/2016/04/e-festa-veste-se-em-cada-madrugada.html
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Comentários
obrigado
o prazer foi meu voltar aqui
muito bom
parabéns
Ao Joel...
Muito grata pela leitura e gentil comentário, Joel.
Saudações poéticas