CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A fronteira
Meu amor, olha para o horizonte atrás de mim, e vê o sentimento que se derrama pelas fendas do tempo.
Não tem importância que meu início tenha se tornado na verdade meu fim...
O início sempre encerra um fim, e, meu amor, não te enganes quando ouvires os dizeres daquele que não vê a face que se esconde atrás da máscara do nascimento.
Sim, o sentimento que carrego no meu peito arde brutalmente,
E, em minha mente, imagens sobrepostas a palavras sussurradas giram com velocidade hipersônica...
Louca, realmente sem juízo.
E aqueles dizeres estampados em todos os cantos? Diáfanos, mas ao mesmo tempo estranhamente opacos. É, meu amor, sente o poder do estranho colapso da alma,
E aqueles dizeres estampados aqui neste mundo prometendo o infinito...
Uma ilusão, e meu começo é sempre meu fim.
Colapso d’alma! Compreendes isso? Não basta o que diz o tempo?
Meu amor, não percas minutos esperando a concretização de uma quimera, não iludas teu próprio ser, busca a vida; ela, que teve fim desde o início.
Olha meu rosto, sente minh’alma... calmamente analisa a profundeza de meus olhos.
Ah, como posso expressar o que sinto? Tu que não entendes o que se passa em meu ser?
Como posso expressar por meio de palavras o que não pode ser dito? Aforismos não resolvem tal caso... nem versos, nem canção,
(Nem meu pranto...)
Meus olhos encerram o segredo que tento traduzir por meio de palavras, mas tu não compreendes de fato o que enxergas. Apenas sorri diante de minha confusão, e sussurra palavras melosas, as quais entram em meu peito e aumentam minha dor...
(Mesmo tu, neste vasto mundo de dúvidas, sussurras palavras que aumentam meu desalento...)
O tempo, este senhor que se agarra ao meu coração, mina a cada momento minhas forças, e tento renascer como fênix,
Mas o fogo que arde em mim também está se apagando.
(E estou agora... agora mesmo... perdendo as palavras...)
Nada, nem mesmo a alegria das auroras, tem o poder de erguer aquele que experimentou o fim desde o nascimento.
Pois vejo, a cada dia, a verdade deste ser que sou. Sinto também em minh’alma o colapso da própria existência, que não existe por si só,
Que só existe enquanto existo,
E o que existirá depois será diferente do que existe agora,
Porque o que compreendo do mundo desaparecerá, naturalmente, comigo.
Mas o tempo continuará depois de meu mais um fim; este, que dará início a uma nova era, tempos de novos amores, ciclos de ilusões...
E o sorriso daquele que nasce contrastará com o choro daquele que parte,
Daquele que, assim como eu, compreende que entre nós existe um outro elemento...
(A FRONTEIRA entre o começo e o fim)
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 799 leituras
Add comment
other contents of andersonc
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Tristeza | Profecia | 3 | 630 | 02/27/2010 - 21:57 | Português | |
Poesia/Geral | Sem fim | 2 | 767 | 02/27/2010 - 21:55 | Português | |
Poesia/Geral | Enigma | 5 | 815 | 02/27/2010 - 21:50 | Português | |
Poesia/Amor | Verdade do amor | 2 | 602 | 02/27/2010 - 21:45 | Português | |
Poesia/Geral | Rebeldia | 5 | 860 | 02/27/2010 - 21:42 | Português | |
Poesia/Geral | A dor do artista | 3 | 586 | 02/27/2010 - 21:41 | Português | |
Poesia/Paixão | Clímax | 7 | 651 | 02/27/2010 - 21:40 | Português | |
Poesia/Geral | Assim como o vento | 5 | 644 | 02/27/2010 - 21:36 | Português | |
Poesia/Geral | Caminhos | 3 | 707 | 02/27/2010 - 21:36 | Português | |
Prosas/Outros | Reflexões sobre a existência | 1 | 921 | 02/25/2010 - 04:05 | Português | |
Poesia/Tristeza | O olhar do morto | 5 | 577 | 02/17/2010 - 20:16 | Português | |
Poesia/Dedicado | Canção para o só... sonhador | 1 | 618 | 01/30/2010 - 02:52 | Português | |
Poesia/Geral | de todo mundo | 2 | 635 | 01/22/2010 - 00:50 | Português | |
Poesia/Tristeza | Brincadeira de mau gosto | 3 | 566 | 01/14/2010 - 02:19 | Português | |
Poesia/Geral | O olhar do olho | 4 | 654 | 01/08/2010 - 01:15 | Português | |
Poesia/Geral | Parte do todo | 4 | 601 | 01/05/2010 - 21:46 | Português | |
Poesia/Geral | Contato imediato | 2 | 748 | 12/29/2009 - 23:10 | Português | |
Poesia/Geral | Adendo | 5 | 570 | 12/21/2009 - 22:29 | Português | |
Poesia/Comédia | O que de fato acontece por aí | 4 | 673 | 12/07/2009 - 05:14 | Português | |
Poesia/Geral | Anúncios | 3 | 616 | 11/30/2009 - 02:30 | Português | |
Poesia/Amor | ... numa noite qualquer | 2 | 568 | 11/04/2009 - 15:18 | Português | |
Poesia/Geral | Pecado capital... | 2 | 434 | 10/27/2009 - 15:41 | Português | |
Poesia/Amor | XXIII | 2 | 624 | 10/24/2009 - 09:37 | Português | |
Poesia/Geral | Sonho voar | 3 | 775 | 10/18/2009 - 20:54 | Português | |
Poesia/Geral | O fingidor | 3 | 606 | 09/29/2009 - 22:09 | Português |
Comentários
Re: A fronteira
Um poema com razão e sentimento!!!
:-)
Re: A fronteira
Num tom intimista, escreves um belo texto, assente na bipolaridade da digressão dos sentimentos...pensamentos.
será o fim ou apenas um começo?
Beijo
Re: A fronteira
(E estou agora... agora mesmo... perdendo as palavras...)
Quantas e quantas vezes perdemos as palavras, ficando apenas a alma como testemunho das nossas viagens.
Renasces como fénix neste belo poema.
beijo