CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A Hora
Pontual como o fantasma hamletiano, eis que é chegada a melancolia do crepúsculo. A triste hora em que a claridade cede lugar para a sombra que me apavora.
Tempo houve em que a Lua amenizava o breu e revelava as estrelas, mas esse tempo foi sufocado pelo cinza da vida e, agora, resta apenas a escuridão das almas que perambulam em busca de incautos retardatários.
No entanto, hoje, eis-te surgida. Como a chuva que repõe vida ao solo seco.
Sinto a seiva voltar a correr e com ela a vontade de falar, de expulsar os demônios que me corroem.
Não! Hoje, não serei assombrado pelos fantasmas cotidianos, pois sei que M. trará as poesias que foram abandonadas e que dormem nas sarjetas.
Juntarei os versos que me trouxer e farei um poema “alexandrino”; porém, apenas no nome e não no estilo, pois pouco me importa as regras e as formas. Apenas, em homenagem ao egípcio mistério que M. guarda nos negros olhos.
Falarei de rosas, luares, véus, tâmaras e seduções. E cantarei os amores exagerados, esparramados. Cantarei as camas desfeitas, as vontades satisfeitas, o fogo dos corpos e a ternura do depois. E de tantas outras fantasias, direi.
Fartei-me da sujidade dos homens e de suas vãs promessas eternas. Danem-se!
Eu quero, apenas, o pedaço de loucura que me cabe e o sacro exercício de delirar entre as inconclusas pontes do nada a nenhum lugar. Quero, tão só, sentir o teu perfume, pois em ti estarão as novas dimensões que dispensam o tempo.
Venha, voe comigo. Os limites findaram e é tempo de recomeço. Refaçamos outros jardins. Saibamos a grandeza que há no voo miúdo do colibri que nos rodeia. Bebamos à sua liberdade e vivamos a que conquistarmos, pois há, em nossa soma, a unidade que sempre se quis.
Venha, voe comigo. Seja a mulher que caminha ao meu lado, pois serão infindos os nossos caminhos e inexistentes as horas secas.
Para M.
Produção e divulgação de Vera L. M. Teragosa.
Lettre la Art et la Culture
Enviado por Lettre la Art et la Culture em 12/12/2015
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (cite o nome do autor e o link para o site "www.fabiorenatovillela.com"). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4873 leituras
other contents of fabiovillela
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Aforismo | Cultivar | 0 | 2.088 | 11/17/2010 - 23:54 | Português | |
Poesia/Geral | Cultura de Almanaque | 0 | 2.083 | 11/17/2010 - 23:58 | Português | |
Poesia/Fantasia | Cyber | 1 | 1.598 | 04/13/2011 - 00:35 | Português | |
Poesia/Geral | Cyber e Pã | 4 | 1.048 | 03/14/2010 - 16:10 | Português | |
Prosas/Outros | Da Maioridade Penal | 0 | 697 | 07/09/2015 - 23:46 | Português | |
Poesia/Paixão | Dança do Ventre | 0 | 776 | 12/03/2012 - 14:12 | Português | |
Poesia/Geral | Das Minas | 0 | 1.792 | 10/31/2011 - 01:39 | Português | |
Poesia/Amor | Décimo | 0 | 1.009 | 04/05/2012 - 12:30 | Português | |
Poesia/Fantasia | Dédalo Cartáfilo | 0 | 635 | 04/13/2013 - 13:44 | Português | |
Poesia/Fantasia | Delírios | 0 | 444 | 01/19/2013 - 12:52 | Português | |
Poesia/Amor | Demiurgo | 0 | 914 | 08/03/2014 - 16:43 | Português | |
Poesia/Soneto | Denso | 3 | 1.875 | 07/18/2009 - 16:11 | Português | |
Poesia/Amor | Depois | 3 | 963 | 08/09/2009 - 01:30 | Português | |
Poesia/Geral | Depois | 0 | 1.046 | 04/18/2011 - 12:05 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - os Tipos de Razão Filosófica | 0 | 872 | 12/13/2014 - 19:53 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte II - o Racionalismo | 0 | 1.245 | 11/26/2014 - 15:03 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte III - o Racionalismo - continuação | 0 | 1.330 | 11/27/2014 - 15:33 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte IV - o Racionalismo | 0 | 1.059 | 12/01/2014 - 15:21 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte IX - O primeiro filósofo moderno - Cogito Ergo Sun | 0 | 2.025 | 12/20/2014 - 21:29 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte VI - Preâmbulo e índice de obras | 0 | 1.624 | 12/17/2014 - 14:07 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte VII - Notas Biográficas | 0 | 1.331 | 12/19/2014 - 13:56 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte VIII - A época e o ideário básico | 0 | 1.256 | 12/20/2014 - 21:25 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte X - A Geometria Analitica | 0 | 1.633 | 12/24/2014 - 20:57 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte XI - O Método | 0 | 993 | 12/24/2014 - 21:01 | Português | |
Prosas/Outros | Descartes e o Racionalismo - Parte XII - A Metafísica | 0 | 1.485 | 12/29/2014 - 20:06 | Português |
Add comment