CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
La foule
Je suis la foule, toute seule...
Viens, par que je pars...
Je ne regrette rien...
Tenho parafusos nos olhos e giro o mundo ao contrário...
A minha visão é uma maquina de roupa em centrifugação...
Roda e roda e roda e roda e roda e roda e roda...
E o mundo fica tonto à minha volta e cai no chão...
Pudesse a terra ser quadrada e tudo seria mais fácil,
apenas teria de caminhar para o abismo e deixar-me cair...
A culpa é dos verbos que nos seus tiranismos imperativos
sobrevalorizam as acções e desvalorizam os sentidos...
Eu amo (amo?)
Tu amas (sabes?)
Ele ama (quem???)
Nós amamos (quando compensa)
Vós amais (os materiais))
Eles amam (ser amados...)
E os parafusos dos meus olhos giram e desenroscam-se
e caem com os sonhos pendurados cheios de amor em serpentina
a escorrer...
E eu a agarrar os olhos
e os sonhos e o amor e a tentar enroscar tudo
e cada vez a cair mais mundo de dentro de mim
para esta bola quadrada onde temos que viver todos
os que nem sabemos viver...
Sim sou louca...
Sim sou...
E tu?
Tens parafusos nos olhos?
Inês Dunas
Libris Scripta Est
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 1013 leituras
Add comment
other contents of Librisscriptaest
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Meditação | Caixa de chocolates... | 6 | 475 | 01/09/2010 - 12:08 | Português | |
Prosas/Outros | Passaros feridos... | 3 | 576 | 01/09/2010 - 05:45 | Português | |
Poesia/Aforismo | O pecado da gula... | 8 | 411 | 01/08/2010 - 13:14 | Português | |
Poesia/Amor | A indolência da tua ausencia... | 8 | 476 | 01/08/2010 - 12:54 | Português | |
Poesia/Alegria | Ampulheta! | 10 | 911 | 01/08/2010 - 12:38 | Português | |
Poesia/Aforismo | A mulher ampulheta e o ponteiro magoado... | 6 | 502 | 01/08/2010 - 12:19 | Português | |
Poesia/Paixão | Quadros de dedos mel! | 4 | 532 | 01/07/2010 - 22:26 | Português | |
Poesia/Amor | Painel de azulejos... | 6 | 526 | 01/07/2010 - 22:23 | Português | |
Poesia/Amor | Eu valso, tu valsas? | 5 | 471 | 01/07/2010 - 22:19 | Português | |
Prosas/Pensamentos | 12 passas, 12 desejos... | 1 | 646 | 01/02/2010 - 02:16 | Português | |
Poesia/Desilusão | Não mata, mas doi... | 5 | 384 | 12/30/2009 - 05:24 | Português | |
Poesia/Dedicado | Mais velhos q os trapos... | 5 | 601 | 12/30/2009 - 05:18 | Português | |
Poesia/Amor | A herança de Shakespeare... | 4 | 525 | 12/27/2009 - 22:18 | Português | |
Poesia/Amor | Reflexão | 2 | 684 | 12/27/2009 - 19:43 | Português | |
Poesia/Amor | Chuva... | 5 | 1.087 | 12/26/2009 - 18:10 | Português | |
Poesia/Aforismo | La rosa negra... | 4 | 762 | 12/26/2009 - 18:08 | Português | |
Prosas/Outros | As princesas nem sempre podem sonhar... | 1 | 714 | 12/23/2009 - 23:53 | Português | |
Poesia/Paixão | Prazer... | 4 | 838 | 12/23/2009 - 22:47 | Português | |
Poesia/Amor | Foi ontem... | 6 | 735 | 12/22/2009 - 14:47 | Português | |
Prosas/Pensamentos | O que queremos, sem dar... | 1 | 758 | 12/19/2009 - 17:13 | Português | |
Poesia/Amor | Há vida em todos os planetas... | 3 | 490 | 12/18/2009 - 19:36 | Português | |
Poesia/Amor | Porque o amor não basta... | 5 | 614 | 12/18/2009 - 03:57 | Português | |
Poesia/Paixão | O beijo é... | 3 | 590 | 12/18/2009 - 02:31 | Português | |
Prosas/Pensamentos | O silêncio é de ouro? | 2 | 586 | 12/17/2009 - 23:28 | Português | |
Poesia/Tristeza | O gosto acre da conquista... | 4 | 592 | 12/16/2009 - 22:50 | Português |
Comentários
Re: La foule
Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien.
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal, tout ça m'est bien égal.
Libbris:
Parafusos nos olhos? Lamento, sou um modelo avant - Gard, que já trago incorporado os sensores visuais ( é tudo mais digital), mas no entanto, fica a duvida em que movimento giro?
Será contrário aos ponteiros do relógio? Pois deve ser dada a minha inoperância para aproveitar o tempo e os minutos cadentes.
A loucura sadia de uma questão pertinente no encerramento do pensamento, remete-nos para a eterna questão...O que será que os outros vêm, que eu n~qao consigo ver?
Serei eu que vejo demais, ou tal como na obra de Saramago, anda meio mundo cego, ou a ver ao contrário.
Uma questão...Se rodares demais os parafusos nesse certo sentido...perderás a visão, ou verás a dobrar?
Balayés mes amours,
avec leurs trémolos.
Balayés pour toujours
je repars à zéro...
http://www.youtube.com/watch?v=0YkLq6J_6cA&feature=related
Um Beijo