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a morte veio jantar
a morte sentou-se e jantou comigo
riu-se da vida
de forma descomprometida
e contou como cresceu.
falou do mundo perdido
brincou com os dedos
esperando a sopa
de almas desentendidas
perfeitamente perdidas
boiando entre legumes.
bebeu sangue inocente
e partiu em bocados, corpos já mutilados
que engoliu sofregamente.
a morte não me ouviu, só falou, falou
sem cessar
não tem ouvidos, tem boca e unhas afiadas
não aparadas
com bocados de destinos por limpar.
a morte cheirou-me mal
infestou meus sentidos
sem se deter
bebeu litros de café
para não adormecer
vomitou agoiros no ar
e saiu antes da sobremesa
prometendo que nos havíamos de encontrar
nuno guimarães
www.minha-gaveta.blogspot.com
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Poesia :
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Comentários
Re: a morte veio jantar
muito legal
Re: a morte veio jantar
belo poema e com umritmo genial.
Um grande abraço.
Re: a morte veio jantar
a morte cheirou-me mal
infestou meus sentidos
sem se deter
bebeu litros de café
para não adormecer
vomitou agoiros no ar
e saiu antes da sobremesa
prometendo que nos havíamos de encontrar
LINDO POEMA, NOS FAZ MEDITAR SOBRE O ASSUNTO!
Meus parabéns,
Marne
Re: a morte veio jantar
Simplesmente... Brilhante!
:)
Beijinho em si!
Inês Dunas