CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Não vou morrer sem chorar
Transpiro veemente de luz...
Cidade de janelas acesas que abranda os entardeceres.
Emudeces fragmentos serenos de sapateados caminheiros no fim da rosa-dos-ventos.
São corpos e vendavais investidos de nada a perder no rumo das preces perpétuas…
Correm estreitos calados, pela alameda dos sós, na hipnose da terra insensível.
É disto que sou e para onde...
Caminho de metrópoles sentidas que a leste dos meus nortes dispersos, me guiam por veredas sem rumo nos passos perdidos dos dias…para descobrir o fim do que sou.
Por isso ando a brindar a tudo o que foi, o que é, o que há-de ser para ouvir os sinos e os corvos, para ser turbilhão chilreado esvoaçando mensagens de mim no bico das aves migrantes que me levam em olhar e amor, pelas cidades do mundo, onde sapateados caminheiros no fim da rosa-dos-ventos abrandam os entardeceres com esperança dentro dos olhos.
E eu que já fui e vi nojo…
Refluxo podre em género e modo, encastrado no arquétipo enlodado de águas frívolas no cuspo que pariu meus ossos no cosmos, rápido abordou pestilento o ar que me fez morada nas pocilgas do mundo.
Mas em nada me quis para a morte, que o verbo e o peito em minha boca nasceu de novo com pétalas doces como o dizer o amor no bico das aves migrantes e no olhar das cidades…
Não vou morrer sem chorar…
Não vou morrer sem chorar de alegria…
Quando descobrir o fim do fui…
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 485 leituras
Add comment
other contents of Lapis-Lazuli
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | "Do Amor e Outros Demónios" | 6 | 373 | 04/28/2010 - 03:39 | Português | |
Poesia/Intervenção | "Memória das minhas putas tristes" | 3 | 899 | 02/15/2010 - 12:23 | Português | |
Poesia/Pensamentos | "Recordações Da Casa Amarela" | 0 | 709 | 11/18/2010 - 16:09 | Português | |
Poesia/Aforismo | ...e a caravana passa | 1 | 674 | 08/23/2010 - 23:09 | Português | |
Poesia/Amor | ...e de amor ás vezes | 1 | 632 | 02/02/2010 - 04:09 | Português | |
Fotos/ - | 2672 | 0 | 5.467 | 11/24/2010 - 00:51 | Português | |
Fotos/ - | 3516 | 0 | 4.300 | 11/24/2010 - 00:55 | Português | |
Fotos/ - | 3517 | 1 | 3.688 | 03/13/2018 - 21:32 | Português | |
Fotos/ - | 3518 | 0 | 3.995 | 11/24/2010 - 00:55 | Português | |
Poesia/Aforismo | A cara dos outros | 2 | 447 | 05/09/2010 - 22:35 | Português | |
Poesia/Intervenção | A divina tourada | 0 | 1.204 | 11/18/2010 - 15:27 | Português | |
Poesia/Amor | À espera de nós | 3 | 504 | 04/06/2010 - 18:07 | Português | |
Poesia/Intervenção | A rir será | 5 | 594 | 03/30/2010 - 08:01 | Português | |
Prosas/Outros | A ultima vez no mundo | 0 | 2.489 | 11/18/2010 - 23:56 | Português | |
Poesia/Aforismo | A vida são dois dias | 1 | 1.101 | 09/16/2010 - 21:32 | Português | |
Poesia/Amor | Acho que a paixão foi dormir | 4 | 671 | 05/13/2010 - 20:47 | Português | |
Poesia/Aforismo | Adeus | 6 | 656 | 03/04/2010 - 14:01 | Português | |
Poesia/Dedicado | Adeus Bonequinha...( escrito póstumo) | 6 | 683 | 02/07/2010 - 18:05 | Português | |
Poesia/Aforismo | Afinidades | 3 | 628 | 02/23/2010 - 21:43 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Alegoria dos ausentes | 1 | 583 | 05/09/2010 - 19:02 | Português | |
Poesia/Dedicado | Alfama | 3 | 924 | 01/14/2010 - 01:52 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Always the sun | 6 | 658 | 04/12/2010 - 17:20 | Português | |
Poesia/Aforismo | Amanheceres | 3 | 955 | 01/21/2010 - 02:52 | Português | |
Poesia/Amor | Amo-te as coisas pequenas | 6 | 448 | 03/26/2010 - 09:51 | Português | |
Poesia/Intervenção | Amor assassino | 3 | 464 | 02/12/2010 - 01:07 | Português |
Comentários
Re: Não vou morrer sem chorar
Transpiro veemente de luz...
São corpos e vendavais investidos de nada a perder no rumo das preces perpétuas…
Mas em nada me quis para a morte, que o verbo e o peito em minha boca nasceu de novo com pétalas doces como o dizer o amor...
Não vou morrer sem chorar de alegria…
Quando descobrir o fim do fui…
Grande poema!!!
É um prazer ler-te!
:-)
Re: Não vou morrer sem chorar
"São corpos e vendavais investidos de nada a perder no rumo das preces perpétuas…"
Perfeito isso.
É o que mais se vê/ouve por aí.
Eu já fui e vi nojo, também.
Bonita prosa poética cara. Parabéns!