Nao posso mentir para mim mesmo

Não posso mentir para mim mesmo
Acreditando nessas fantasias
Que me ridiculizam do lado supremo
Inferior ao ritimo desta melodia

Que faz do meu escrever uma real poesia
Fixada num único tempo
Ausente de alegria
Como posso ter este sentimento?

Não me conhecendo por completo
Obstinado pela imaginação
O que há em mim cá dentro?
Que acelera o bater do meu coração

Desordenando meu cérebro
Das suas verdadeiras funções
E a esta incógnita me entrego
Não tendo em mim as ocultas soluções

Sou o zero, ou melhor neutro
Que cada vez que me multiplicam mantenho-me constante
Como quem esta longe, ao mesmo tempo perto
Procurando o vazio desesperante