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Noite de triste solidão

Exaspero-me na penumbra vazia 
Onde parece existir monstros escondidos 
Na escuridão do quarto vazio 
Quando na verdade são apenas vultos 
Fantasmas de minha triste solidão. 
 
Tateio o aro como se pudesse tocar o vento 
E não encontro nada além do vazio 
O silêncio é tão sepulcral 
Que não consigo ouvir nem mesmo os grilos 
Enquanto minha alma é dilacerada. 
 
Faz horas que tento dormir 
Quem sabe assim eu poderia esquecer 
Mas não consigo nem mesmo fechar os olhos 
Sem ver o vulto ameaçador da solidão 
Que vem silenciosamente me abraçar. 
 
Suas garras são afiadas e fere a alma 
Sua palidez é tão fria como o gelo 
Que sinto tanto medo como imaginava 
Quando você ainda estava aqui comigo 
Que sentiria se não permanecesse. 
 
 Nem mesmo o brilho de luzes distantes 
Podem revelar a direção de teus passos 
E sei que meu destino é sofrer com a ausência 
E tentar sobreviver mais uma noite 
Apenas mais uma noite triste de solidão. 

 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

www.odairpoetacacerense.blogspot.com

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quinta-feira, março 30, 2023 - 22:35

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