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O Regresso do Caminhante
O gato preto roçava cheio de fome, as pernas de Marta,
A avó ainda estava de cama e doente, pois seu irmão já tardava,
Tudo em desalinho, por fazer, lavar, coser, confusão farta,
A páginas tantas, o desatino era tanto que ela só chorava.
Chorava de desespero, de falta de punho e direcção,
Já não sabia o que pensar daquela eterna demora,
Para pior a coisa em si, ainda tinha apertado o coração,
E, além de falta lhe fazer o irmão, sua avó nem vista de melhora.
Olhou em volta, triste e fixou o olhar num vaso com flor,
Atentamente, reparou que aquilo estava ali sozinho, fazia tempo,
Privado de luz natural, água, adubo, atenção e amor,
Ninguém se havia lembrado daquela flor do campo.
E mesmo assim, ela parecia que resistia,
Mesmo às desatenções e carências,
A flor parecia dar ela uma lição de valentia,
Alheia à fome e à sede, cheia de resistências.
E foi a ela que foi buscar, força para se levantar,
Força para a cabeça alinhar, e voltar a pensar, para aprumar a limpeza da casa,
Rumo das coisas tomar e valentia para ir ungindo a sua avó, e sua pele hidratar,
E voltar a proteger alguém, dentro da sua pequena asa.
Tinha arrumado e limpo tudo, que a casa até parecia nova,
Fizera uma canja de uma galinha velha, que dava para cheirar em qualquer parte da aldeia,
Acendera o cachimbo da avó e sentara-se na lareira, a pentear o seu cabelo, com a escova,
Estava tranquila e recordava agora momentos passados com a avó e no seu irmão, de como iria na sua epopeia.
De repente, sentiu gente à porta, a chegar,
Correu ao encontro da entrada e logo viu quem se aproximava,
Um deles era o seu irmão e o outro, um estranho, que o vinha a carregar,
Esbaforida, rápido chegou junto deles, para ver o que se passava.
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Poesia :
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Comentários
E eu continuo a seguir a tua
E eu continuo a seguir a tua história, Joana,
que tu tão bem nos tens contado, em versos rimados,
sempre a estimular-nos o interesse,
:-)
Caro Albano, Fico sempre
Caro Albano,
Fico sempre grata com tuas visitas e comentários, aos meus escritos.
Joana