CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Obsessão

Eu sei,
como, tu querias, ter-te, já, ido embora.
Mas eu não me consigo, daqui, arredar…
Não, agora…
Sair daqui?
Do pé de ti?
Deste lugar?
Nem pensar…
Este sentimento, que eu, por ti, acalento…
Eu nunca o iria suportar…!
E, mesmo, sabendo, que tu te queres, ir embora,
eu prendo-te, a este momento
e não te permitindo falar,
amarro-te, ao meu tormento
e não te deixo abalar…

Pode, até, ser, apenas, o teu semblante…,
Esse teu respirar…,
ou a tua sombra a aqui estar…
Mas, para mim, isso é mais, do que o bastante!

Deixar ires-te embora…
Isso, não me é permitido!
Nisso, eu nem quero pensar…
Faz sentir-me perdido!

Por isso, eu não t` o consinto.
Falo; invento pretextos; minto…
Para, aqui, te amarrar,
Tal e qual, como tu me amarras, sem tu, sequer, pensares nisso.
Sem, que nada faças, por isso…
A ti, basta-te, seres!
E, a mim,
basta-me sentir, o teu sereno respirar.
Observar,
esse teu delicado o teu estar.
recriar um teu miminho…;
um teu carinho,
que eu arranco, dessa tua ausência.

Transformo angústias, em prazeres.
Para isso, dispenso a tua anuência…
E obrigo-te a, aqui, ficar,
mesmo, sem tu o quereres.

Sei, que, esse, nunca seria o teu intento…
Assim, a tua ternura…: essa, eu a invento!
E como eu preciso, tanto, de ti, aqui,
Faço dela um álibi…

Se não, eu desespero!

Sabes, minha querida…?
É, como se tu fosses a minha própria vida,
e, por isso, eu, em ti, tudo tolero…

Eu vejo-te espreitar as horas,
sem parar…!
Em, mal disfarçados, olhares - de esguelha…
Constantes…,
pelo canto de teu olho…,
entre, esses teus sorrisos,
com que disfarças o teu mal-estar.
Vejo-te, à paciência, a implorar…

(É o que a minha, a mim, aconselha…)

São momentos embaraçantes;
desgastantes…,
mas, que me são tão precisos,
em, que, tudo, eu finjo ignorar,
na esperança de, em ti, acender uma centelha…

Assim, eu seguro-te!
Eu preciso de te segurar…!
E por isso, eu falo, falo, falo, sempre, sem parar…!
É preciso, pelo menos, garantir,
que tu não irás partir,
sem, que, primeiro, me prometas voltar.

Porém, cada instante insinua-se, como o derradeiro…
E eu continuo a falar, a falar,
Pois, é-me vital, que me prometas, primeiro…,
Que logo…,
que, no máximo, amanhã…,
que logo, que tu o puderes!
Se não, que seja, quando tu o quiseres…!
Mesmo, que seja, em promessa vã.
É-me vital, que me prometas, primeiro!
Por isso, eu te rogo…
Promete, que nos voltaremos a encontrar.

Minha querida…; meu amor…,
Faz-me, isso, por favor!
Tu sabes, o quanto eu te adoro…
E é, por isso, que eu te o imploro!

Contudo, se tu o puderes…,
por favor, finge, que tu, também, tu o queres!
Tenta… experimenta a te esforçar…!
Sorri e promete, que este momento se repete…
Se não, por favor, apenas, promete,
Que, nos voltaremos a encontrar!

apsferreira

Submited by

sexta-feira, dezembro 18, 2009 - 19:13

Poesia :

No votes yet

apsferreira

imagem de apsferreira
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 15 horas
Membro desde: 09/21/2009
Conteúdos:
Pontos: 3455

Comentários

imagem de MarneDulinski

Re: Obsessão

LINDO SEU POEMA, GOSTEI!
MAS PENSO, QUE EM AMOR NÃO SE FINGE E TAMBÉM NUNCA DÁ CERTO UM AMOR POSSESSIVO,COMO ESTÁ FAZENDO O PERSONAGEM DE SEU POEMA, NÃO DÁ CERTO!
Meus parabéns,
MarneDulinski

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Obsessão

Gostei deveras.

Um abraço,
REF

imagem de Hisalena

Re: Obsessão

Parece-me um poema de amor que ao mesmo tempo soa a um pedido a alguem para que não vá... para que fique.
Gostei da história mas confesso que a extensão do poema leva a que se perca um pouco o fio à meada. Creio que a certo ponto se torna um pouco repetitivo...
Mas não deixa de ser um bonito poema de amor escrito por alguem que se agarrou a algo que não quer deixar partir mesmo que já não faça sentido.

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of apsferreira

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Dedicado Ah, Este Meu Sonho... 2 1.038 12/05/2011 - 11:03 Português
Poesia/Intervenção Grita...! 9 2.499 12/01/2011 - 21:41 Português
Poesia/Amor Recalcos ... 1 1.307 11/29/2011 - 13:47 Português
Culinária/Bolos Bolo de côco 1 1.631 11/27/2011 - 18:01 Português
Poesia/Paixão Entrega 1 1.114 11/27/2011 - 05:30 Português
Poesia/Meditação A Paixão é... 1 1.172 11/27/2011 - 05:26 Português
Poesia/Intervenção Entre Abutres e Chacais 10 2.339 11/19/2011 - 11:39 Português
Poesia/Dedicado Ode às Minhas Musas 1 1.780 11/17/2011 - 09:43 Português
Poesia/Paixão Como hei-de eu cantar...? 2 2.101 11/16/2011 - 14:40 Português
Poesia/Dedicado O Teu Doce Amar 3 2.050 11/14/2011 - 16:59 Português
Poesia/Paixão Momento de Amor 5 2.487 11/14/2011 - 01:28 Português
Poesia/Tristeza E Ela Morreu à Míngua 6 2.258 11/12/2011 - 02:55 Português
Poesia/Tristeza Fatalidade 6 2.847 11/05/2011 - 19:15 Português
Poesia/Aforismo Disparar, p`ra Carago... 4 2.502 11/01/2011 - 14:48 Português
Poesia/Tristeza Saudade 6 2.519 11/01/2011 - 08:11 Português
Poesia/Paixão Paixão, Minha 10 2.419 11/01/2011 - 06:24 Português
Poesia/Dedicado Enquanto eu leio-te... 2 2.050 10/21/2011 - 13:59 Português
Poesia/Amor Todos os Lobos já haviam se calado 1 1.845 10/17/2011 - 13:36 Português
Poesia/Dedicado Não deixes-te ficar triste... 2 2.366 10/06/2011 - 22:27 Português
Poesia/Tristeza Desolação 2 2.420 10/06/2011 - 20:19 Português
Poesia/Paixão Iniquidade 2 2.637 10/05/2011 - 20:06 Português
Poesia/Paixão Eu Quero Sentir a Tua Paixão 2 2.071 10/03/2011 - 19:28 Português
Poesia/Dedicado Alma Branca 2 1.185 10/03/2011 - 14:50 Português
Poesia/Tristeza Melancolia 0 2.211 09/28/2011 - 20:04 Português
Poesia/Amor A Saudade que eu sinto, de Ti 4 1.752 09/27/2011 - 22:29 Português