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Porque caem as pontes?

Não quero magoas escurecendo as aguas
q passam por baixo das nossas pontes,
tu de um lado,
eu do outro,
e aguas escuras la em baixo,
magoando as pedras duras...
As aguas merecem um fim mais nobre,
do q vestirem-se de cobre ensanguentado...
As pedras são pedras,
não são armas férreas...
As pontes são conectas,
ligam margens indiscretas...
Porque caem as pontes
q ligam os montes,
q ligam as gentes?
Porque tombam, pesadas no chão?
Como gigantes, tropeçantes e deficientes
no andar?
Porque se soltam da mão?
Porque desistem de se abraçar fortes?
Porque se cansam de ser suportes?
Porque deixam de se suportar
e optam por quebrar?
A nossa ponte ruiu,
caiu, desistiu...
As margens já não se tocam,
nem se provocam com o olhar...
Não há passagem de uma margem para a outra,
não há caminhos seguros,
não há suportes ou muros...
Não esticam as mãos, não esticam as pernas,
não partilham chão...
Não...
As pontes não são eternas...
Mas as aguas serão sempre transparentes...

Inês Dunas
Libris Scripta Est

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terça-feira, maio 4, 2010 - 23:04

Poesia :

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Librisscriptaest

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Comentários

imagem de Gisa

Re: Porque caem as pontes?

Belíssimo, porém melancólico, talvez por isso ainda mais emocionante...Abraços

imagem de Ex-Ricardo

Re: Porque caem as pontes?

Libri: lembraste da conversa que tivemos ontem?

Este teu texto é apenas mais uma prova do teu talento.

Soberbo!

Um beijo amiga.

imagem de analyra

Re: Porque caem as pontes?

Por ti, por amor, por tudo e por todos, os que gostam de mim, os que notadamente declararam-se a favor de minha ausência, por todos os apelos que recebi de retorno, pela poesia, por teimosia, pelo Ricardo, por gratidão, por ser cabeça quente e coração mole, por saudade, por tristeza, solidão, solidariedade, por carinho, por fraternidade, por achar que pontes caem, que as águas são límpidas sempre, por achar que pontes se reconstroem, que inteligentes são as mentes que refletem e que não cultivam rancor, por achar que somos uma família e que famílias de verdade tem problemas e os contornam, por ter sido este um momento de reflexão a respeito das minhas virtudes e defeitos, enfim, como não voltar a não ser por ti, nossa querida e BONITASSA!!!! Inês, volto principalmente para dar-te este favoritos e dizer-te que amo-te de todo meu coração e não tem sentido perseverar em rusgas se existe o amor. Portanto cara Libris, principalmente pela tua clareza de alma e pensamentos, pela teu desprendimento e solidariedade, por acreditar nas águas límpidas e na teimosia de reconstruir pontes, retorno para dar-te este favoritos, muito mais que merecido, pela tua sensibilidade e genialidade no escrever. E é óbvio, assino em baixo de tudo que o Gi escreveu, menos a referência às pernas (prefiro as mais cabeludas-risos).

Favoritasso Libris!!!!

BEIJOS GRANDES, CHEIOS DE SAUDADES!!!!

imagem de rainbowsky

Re: Porque caem as pontes?

Olá querida libri!
Se tivesse de escolher um poema para expressar exactamente aquilo que sinto hoje, com toda a certeza que este poema seria o escolhido.
Esta parte diz quase tudo:

A nossa ponte ruiu,
caiu, desistiu...
As margens já não se tocam,
nem se provocam com o olhar...
Não há passagem de uma margem para a outra,
não há caminhos seguros,
não há suportes ou muros...
Não esticam as mãos, não esticam as pernas,
não partilham chão...
Não...
As pontes não são eternas...
Mas as aguas serão sempre transparentes...

Consegues com a simplicidade e subtileza das tuas palavras, sempre diminuir qualquer tipo de angústia que eu possa sentir. É um previlégio ler-te e ser teu amigo, apesar de não nos conhecermos sequer. Mas nas tuas palavras vejo algo de ti que me vai deixando tranquilo.

Deixo-te um desejo: que me vejas sempre como as águas e não como as pontes!

Um beijinho em ti com todas as cores do arco-íris

rainbowsky

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