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Sete palmos debaixo da terra

Já o chão se abria preparado para o receber
o defunto aceitava a morte de braços abertos
foi preciso fechá-los para os meter no caixão
Acabaram-se as dores de toda uma vida
preferível era a solidão da morte
à falta de lágrimas que advogassem o seu préstimo
foi encomendado o serviço às carpideiras locais
- Ah coitado! coitadinho! - Toma lá um lençinho (dizia a amiga)
Vai fazer tanta falta à sua pobre família!
E ria-se a viúva por debaixo do véu
Aproximando-se do coveiro perguntou
só naquela como quem não quer a coisa:
- São só 7 palmos debaixo da terra?
Não podem ser 8?
Não vá o diabo tecê-las e esta noite
ainda me bata à porta!
- Ah coitado! Coitadinho!
Vai fazer tanta falta à sua pobre família!
O quadro fica completo
Vem o padre e dá-lhe a extrema unção.
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
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Poesia :
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Comentários
Re: Sete palmos debaixo da terra
Querida, adoro esse seu humor refinado. beijo
Re: Sete palmos debaixo da terra
Não é preciso o Diabo tecê-las, as carpideiras já o fazem!!!
:plol
Re: Sete palmos debaixo da terra
Realmente...
Hipocrisia no melhor do teu poema em registo de algumas partidas não sentidas!
Está lindo!
Consegues sempre salientar o melhor de uma mensagem a transmitir.
Beijinho Grande!
Carla
Re: Sete palmos debaixo da terra
Nanda,
Belo texto satírico!
Tu escreves muito bem! Parabéns!
Beijo,
Lila.
Re: Sete palmos debaixo da terra
Sem dúvida uma bela sátira, Nanda. :-)
Beijo,
Clarisse
Re: Sete palmos debaixo da terra
Adorei, mas cá para nós tem uns que mercem uns 14 palmos... Bela sátira. Gostei muito.
BEIJOS
Re: Sete palmos debaixo da terra
Hilário e leve, gostoso de se ler...Grande abraço