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SOLSTÍCIO DE INVERNO

Início do inverno, “solstício”
E eu faço o meu último aceno
Para esse dia tão pequeno
Que vai cumprindo o seu ofício
Acendo o verso que é o meu vício
Como se fosse canha ou pito
Nesse silêncio que é o meu grito
De ser livre sem sacrifício

No céu poncho cinza se cria
Envolvendo o dia lá fora
Que hoje tem bem pouca hora
Pra dar às trevas alegria
Na contra mão da escura via
Vem sempre no amanhecer
O Sol, pra quem sobreviver
Ver outra vez a luz dia

Mais um outono superado
E eu vou vivendo de teimoso
No mundo velho perigoso
Alerta pra tudo que é lado
Mas algum dia desgarrado
No tempo onde a morte é fiel
Vou ser só versos num papel
E um nome abaixo registrado

Enquanto ocupo essa lacuna
Embora já quase na rapa
Vou aproveitando a “inhapa”
Que pra mim já virou fortuna
O mal hoje ocupa a tribuna
Parece o bem não ter mais cargo
E o limão que eu achava amargo
Hoje acho doce, e me repugna.

Sérgio da Silva Teixeira
BAGÉ/RS/BRASIL.

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sexta-feira, junho 21, 2019 - 23:58

Poesia :

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Sérgio Teixeira

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Comentários

imagem de Joel

muito bom

muito bom

imagem de J. Thamiel

coment

Sinto até inveja...
Poema que flui da alma
em belas metáforas.

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