CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Tod’a poesia acaba em silêncio

 

Toda a poesia acaba em silêncio,
Porque nasci ou como morro ignoro,
Não consigo definir começo ou fim,
Ind’a assim deixo descrito o lento voo

De uma ave de pena e louça que
Dentro trago, ainda que seja desculpa
Pra não levantar voo como quereria,
Assim também a mim ele me mente

Tal como um objecto abandonado
Sem vontade dentro, assim me sinto,
Preso aos sapatos e ao ponderável
Peso terreno, onde moro desde que

Me conheço, capaz de escutar o silêncio
De um baloiço, ver magia onde tem feitiço
De galinha morta, ouriço no meio da rua
Me lembra afago, suave tudo quanto oiço

E o silêncio num búzio lembra-me mar,
Não sei que ideia esta de mansidão,
Pedaço de espelho quebrado que mente
Cortado p’la metade, terça-parte é céu,

Tod’a poesia acaba em silêncio, o meu
Começa onde esta se cala, pois me continuo
No que não tenho, luar ou uma estrela
Tão vaga quanto o meu passar passou,

Suave quanto o que me ouço, nada
Que seja meu, imito apenas do silêncio o som,
Pois o céu é na Terra e o quem sou
Não interessa, pena, louça e culpa …

Joel Matos (03/2018)
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

quinta-feira, março 15, 2018 - 18:17

Poesia :

Your rating: None (1 vote)

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 5 semanas 6 dias
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 42284

Comentários

imagem de Joel

.

.

imagem de Adolfo

Não a toa

O silêncio é guardião de infinitas palavras.

imagem de Joel

obrigado por tão eloquente

obrigado por tão eloquente silencio

imagem de J. Thamiel

Coment atrasado

Assim levo vida boa,
displicente e feliz.
Então, me chamam de à toa*,
Mas foi assim que Deus quis.
E, pra não ficar calado:
- Mais à toa é quem me diz!
J. Thamiel
Guarulhos, 18.12.2015
18:36h

(* à toa=Neste caso como está sendo usado como substantivo,
não sei se está correto o uso da crase, ou se tem hífen)
Me ajudem = aceito esclarescimentos!

https://www.worldartfriends.com/pt/club/poesia/sou-%C3%A0-toa-me-ajudem

Amigo Joel, fui verificar e está correta a forma sem hífen, no sentido de `vagabundo`, sem ocupação,sem rumo. Obrigado pelo comentário. Desculpe não ter visto antes.

imagem de Joel

bem haja amigo, não temos de

bem haja amigo, não temos de pedir desculpa por nada deste mundo, tudo está correto para a poesia

imagem de Joel

Suave quanto o que me ouço,

Suave quanto o que me ouço, nada
Que seja meu, imito apenas do silêncio

imagem de Joel

, imito apenas do silêncio o

, imito apenas do silêncio o som,
Pois o céu é na Terra e o quem sou
Não interessa,

imagem de Joel

Tod’a poesia acaba em

Tod’a poesia acaba em silêncio, o meu
Começa onde esta se cala,

imagem de Joel

E o silêncio num búzio

E o silêncio num búzio lembra-me mar,
Não sei que ideia esta de mansidão,

imagem de Joel

Tod’a poesia acaba em silêncio

Toda a poesia acaba em silêncio,
Porque nasci ou como morro ignoro,
Não consigo definir começo ou fim,
Ind’a assim deixo descrito o lento voo

De uma ave de pena e louça que
Dentro trago, ainda que seja desculpa
Pra não levantar voo como quereria,
Assim também a mim ele me mente

Tal como um objecto abandonado
Sem vontade dentro, assim me sinto,
Preso aos sapatos e ao ponderável
Peso terreno, onde moro desde que

Me conheço, capaz de escutar o silêncio
De um baloiço, ver magia onde tem feitiço
De galinha morta, ouriço no meio da rua
Me lembra afago, suave tudo quanto oiço

E o silêncio num búzio lembra-me mar,
Não sei que ideia esta de mansidão,
Pedaço de espelho quebrado que mente
Cortado p’la metade, terça-parte é céu,

Tod’a poesia acaba em silêncio, o meu
Começa onde esta se cala, pois me continuo
No que não tenho, luar ou uma estrela
Tão vaga quanto o meu passar passou,

Suave quanto o que me ouço, nada
Que seja meu, imito apenas do silêncio o som,
Pois o céu é na Terra e o quem sou
Não interessa, pena, louça e culpa …

Joel Matos (03/2018)
http://joel-matos.blogspot.com

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Bebe da minha Alma 2 3.090 12/17/2010 - 01:11 Português
Poesia/Geral solidão 0 4.279 12/17/2010 - 00:18 Português
Poesia/Geral Ela ia e Ele vinha 0 6.008 12/17/2010 - 00:17 Português
Poesia/Geral O templo 0 4.162 12/17/2010 - 00:15 Português
Poesia/Geral Tear 0 4.836 12/16/2010 - 23:00 Português
Poesia/Geral sei o Motivo 0 5.534 12/16/2010 - 22:59 Português
Poesia/Geral Elegia ao Silêncio 0 5.754 12/16/2010 - 22:58 Português
Poesia/Geral A margem de Ti 0 4.006 12/16/2010 - 22:57 Português
Poesia/Geral farol 0 4.259 12/16/2010 - 22:55 Português
Poesia/Geral Na Pressa de Chegar 0 6.822 12/16/2010 - 22:54 Português
Poesia/Geral Frases Partidas 0 4.172 12/16/2010 - 22:53 Português
Poesia/Geral No cair do Medo 0 4.898 12/16/2010 - 22:52 Português
Poesia/Geral Falta de definição 0 3.167 12/16/2010 - 22:50 Português
Poesia/Intervenção Voto em Branco 0 4.096 12/16/2010 - 22:49 Português
Poesia/Geral Quem Sonhou o Amor 0 3.882 12/16/2010 - 22:47 Português
Poesia/Geral O fim dos tempos 0 2.661 12/16/2010 - 22:45 Português
Poesia/Geral Cordéis ,Seis 0 3.573 12/16/2010 - 22:40 Português
Poesia/Geral Palavras Meias 0 3.029 12/16/2010 - 22:30 Português
Poesia/Geral Y GREGO 0 3.855 12/16/2010 - 22:28 Português
Poesia/Geral Muda esperança 0 3.036 12/16/2010 - 22:27 Português
Poesia/Geral Sou D'tod'o TaMaNhO 0 5.334 12/16/2010 - 22:25 Português
Poesia/Geral Cabra Cega 0 4.001 12/16/2010 - 22:23 Português
Poesia/Geral Fuga do dia 0 2.706 12/16/2010 - 22:21 Português
Poesia/Fantasia 0 2.207 12/16/2010 - 22:20 Português
Poesia/Dedicado Um pouco de Tu 0 2.419 12/16/2010 - 22:17 Português