CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Treze de Maio: Dia da Libertação? Nada a comemorar!
Não ter medo da morte,
Desdenhar da sorte,
Depois de tanto açoite,
No corpo marcado de chicote.
Do velho capitão, capataz,
Casa grande e senzala
Do novo comandante, rapaz,
Mansarda e favela.
Ontem escravo da corte,
nas mãos do feitor
hoje escravo do corte,
nas mãos do malfeitor
Fugindo do cativeiro
feito Zumbi dos Palmares
Fugindo do tiroteio
feito Jaci dos Pilares
Um, herói imortalizado
pras bandas das Alagoas
Outro, anônimo mortificado
pras balas das chacinas
Pois, o treze de maio
ato tardio da princesa Isabel
não libertou as marcas do preconceito,
da segregação racial e da desigualdade social.
AjAraújo, o poeta humanista, refletindo sobre a exploração escravagista e a discriminação do negro na sociedade brasileira, o Brasil foi um dos últimos países a abolir a cruel escravatura, escrito em 5 de maio de 2010.
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 4440 leituras
Add comment
other contents of AjAraujo
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Intervenção | A uma mendiga ruiva (Charles Baudelaire) | 0 | 13.433 | 07/03/2014 - 02:55 | Português | |
Poesia/Intervenção | Coração avariado | 1 | 6.016 | 06/25/2014 - 03:09 | Português | |
Poesia/Fantasia | Flores bonecas | 2 | 4.222 | 06/24/2014 - 20:14 | Português | |
Poesia/Intervenção | Caminho de San Tiago | 0 | 5.740 | 06/24/2014 - 00:31 | Português | |
Poesia/Soneto | Há em toda a beleza uma amargura (Walter Benjamin) | 1 | 5.419 | 06/20/2014 - 21:04 | Português | |
Poesia/Soneto | Vibra o passado em tudo o que palpita (Walter Benjamin) | 1 | 5.839 | 06/19/2014 - 23:27 | Português | |
Poesia/Meditação | Sonhe (Clarice Lispector) | 1 | 8.421 | 06/19/2014 - 23:00 | Português | |
Poesia/Intervenção | Dá-me a tua mão (Clarice Lispector) | 0 | 7.389 | 06/19/2014 - 22:44 | Português | |
Poesia/Intervenção | Precisão (Clarice Lispector) | 0 | 8.769 | 06/19/2014 - 22:35 | Português | |
Poesia/Meditação | Pão dormido, choro contido | 1 | 4.549 | 06/13/2014 - 04:02 | Português | |
Poesia/Fantasia | A dívida | 1 | 4.816 | 06/12/2014 - 04:52 | Português | |
Poesia/Intervenção | Eco das Ruas | 1 | 3.571 | 06/12/2014 - 04:38 | Português | |
Poesia/Aforismo | Maneiras de lutar (Rubén Vela) | 2 | 6.068 | 06/11/2014 - 11:22 | Português | |
Poesia/Aforismo | O médico cubano, o charuto e o arroto tupiniquim (cordel) | 2 | 7.467 | 06/11/2014 - 11:19 | Português | |
Poesia/Intervenção | Espera... (Florbela Espanca) | 0 | 3.334 | 03/06/2014 - 11:42 | Português | |
Poesia/Intervenção | Interrogação (Florbela Espanca) | 0 | 6.675 | 03/06/2014 - 11:36 | Português | |
Poesia/Intervenção | Alma a sangrar (Florbela Espanca) | 0 | 4.883 | 03/06/2014 - 11:32 | Português | |
Poesia/Soneto | Vê minha vida à luz da proteção (Walter Benjamin) | 0 | 4.364 | 03/03/2014 - 13:16 | Português | |
Poesia/Dedicado | Arte poética (Juan Gelman) | 0 | 5.500 | 01/17/2014 - 23:32 | Português | |
Poesia/Dedicado | A palavra em armas (Rubén Vela) | 0 | 3.576 | 01/17/2014 - 23:01 | Português | |
Poesia/Fantasia | A ÁRVORE DE NATAL NA CASA DE CRISTO (FIODOR DOSTOIÉVSKI) | 0 | 3.459 | 12/20/2013 - 12:00 | Português | |
Poesia/Dedicado | Aqueles olhos sábios | 0 | 5.943 | 10/27/2013 - 21:47 | Português | |
Poesia/Pensamentos | Asteróides | 0 | 4.918 | 10/27/2013 - 21:46 | Português | |
Poesia/Pensamentos | O que se re-funda não se finda | 0 | 5.321 | 10/27/2013 - 21:44 | Português | |
Poesia/Intervenção | Para mim mesmo ergui…(Aleksander Pushkin) | 0 | 4.241 | 10/16/2013 - 00:14 | Português |
Comentários
Re: 13 de Maio: Dia da Libertação? Nada a comemorar!
Não ter medo da morte,
Fugindo do cativeiro
Hoje escravo do corte,
Fugindo do tiroteio...
Bem definido o treze de Maio...
:-)
Re: 13 de Maio: Dia da Libertação? Nada a comemorar!
Os preconceituosos seja por questão racial ou quaisquer outro tipo de preconceito , ainda não atinaram para o fato que são eles mesmos, homens ditos livres são escravos de idéias preconcebidas .
Enquanto que existem homens ditos livres , estão aprisionados em lumes arcaicos , enquanto que por outro lado no tempo da escravidão no Brasil haviam muitos negros de alma em alforria.
Parabéns pelo seu poema reflexivo.
Abraços
Susan