CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Um morto perdido no tempo.

Faz tempo que não vislumbro uma noite
Como se a mesma fosse somente minha,
A ponto de chegar a ver a suntuosa lua
Como uma íntima e simples luminária gigante.

Faz tempo que não saio a velejar
Deixando o vento me guiar
Como pipa solta no céu
Em tempo de férias escolar.

Faz tempo que não dou de beber ao meu jardim,
Que mesmo sem ser regado continua encantado,
Apesar de ter um dono totalmente desregrado.

Faz tempo que estou sem tempo
Para fazer o que realmente
Gosto de fazer quando estou com tempo.

Faz tempo que não entendo a vida,
Tão insólita, tão corrida,
Tão doidivanas, tão sofrida.

Faz tempo que eu nasci,
Mas parece que foi ontem.
Mas por tanta coisa por fazer,
Parece que eu morri,
E pelo visto não foi hoje.

Quando deixamos de fazer as coisas que realmente gostamos, passamos a morrer aos poucos, pois a vida foi feita para se aproveitar, e quando isto, infelizmente não acontece mais, é porque viramos meros mortos vivos.

http://sentimentocritico.blogspot.com

Submited by

sábado, agosto 28, 2010 - 07:12

Poesia :

No votes yet

Brunorico

imagem de Brunorico
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 8 semanas
Membro desde: 03/05/2009
Conteúdos:
Pontos: 528

Comentários

imagem de Henrique

Re: Um morto perdido no tempo.

Faz tempo que não dou de beber ao meu jardim,
Que mesmo sem ser regado continua encantado,
Apesar de ter um dono totalmente desregrado.

Bonita revisão da vida!!!

:-)

imagem de SuzeteBrainer

Re: Um morto perdido no tempo.

Brunorico,
Mesmo com a sensação de morto vivo,o teu poema é uma força viva que chama,acorda para a beleza do simples viver...
Gostei muito!
:-) suzete.

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Brunorico

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Pedras de sal. 5 559 11/05/2009 - 21:41 Português
Poesia/Amor Meu jardim. 3 537 11/04/2009 - 20:53 Português
Poesia/Desilusão Vadio andarilho. 2 631 11/01/2009 - 12:31 Português
Poesia/Geral Preciso viver. 2 582 08/22/2009 - 17:14 Português
Poesia/Poetrix Dor que se preza vira poesia. 2 564 08/16/2009 - 01:40 Português
Poesia/Meditação Sensibilidade. 2 663 08/14/2009 - 17:26 Português
Poesia/Meditação Espelho das vaidades. 1 565 08/14/2009 - 02:28 Português
Poesia/Dedicado Nuvem abstrata 1 628 08/04/2009 - 02:48 Português
Poesia/Meditação Tempo temporal 2 648 07/29/2009 - 05:15 Português
Poesia/Meditação Folhas azuis 1 633 07/29/2009 - 05:08 Português
Poesia/Desilusão Fantoche 3 485 07/22/2009 - 19:19 Português
Poesia/Geral Último vagão. 1 631 07/02/2009 - 20:41 Português
Poesia/Geral O que passou já não me pertence. 3 511 06/22/2009 - 20:17 Português
Poesia/Desilusão Rotina indesejada. 2 640 06/05/2009 - 01:54 Português
Poesia/Poetrix Intrépido poeta. 4 517 06/02/2009 - 01:58 Português
Poesia/Geral No palco da vida 1 501 05/31/2009 - 21:20 Português
Poesia/Desilusão O amor tem dessas coisas. 1 467 05/29/2009 - 21:33 Português
Poesia/Desilusão Saga nordestina. 1 582 05/20/2009 - 14:00 Português
Poesia/Geral Atrás das paredes. 1 670 05/17/2009 - 13:18 Português
Poesia/Poetrix Não tenho cara de poeta. 5 525 05/11/2009 - 13:17 Português
Poesia/Geral Perguntas feitas pra Deus. 3 655 05/02/2009 - 00:08 Português
Poesia/Amor Deste-me coragem. 2 582 04/23/2009 - 00:47 Português
Poesia/Geral Que assim seja. 3 612 04/12/2009 - 23:57 Português
Poesia/Geral E se fossem anjos e deuses jogados ao chão? 0 649 03/09/2009 - 02:50 Português