CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Um sonho que se despe pela noite

Um sonho que se despe pela noite
Mesmo sonho que se despede pela manhã
 
Foi no serão da bebida em cascos doidos galopantes
Em plena feição esculpida nas nove horas em luto
Quando aos montes catando-se foi.
Não havia aspirais em cadernos rotos abarrotados
Para segurar linhas impossíveis de vista
Amarelas de velhas.

Cadarços costuram à mão centenas de vãos pagãos,
Deixados aos seculares relógios meandros
Dos colossais membros da sorte.

Correram todos para as porteiras que levam
Aos outros descasos, feito filtros de talhas
A coar estômagos alertas e salpicos sem cor.
Abriram todas as ilhas perdidas com ouro nas pedras enfeitadas,
Seu maciço corpo esteve lá
Nalgum coito de sobre pele.
O sutiã vazou deixando percebível
Todo suor das bocas com correntinhas escondidas nos pescoços
Com forma de postes alinhados
Claros, alguns apagados...

Buscaste o aonde enfiando num quem sabe solavanco
Com apalpar sonolento em lentos tácteis mágicos
Nas surpresas do toque
Em serpenteadas fogueiras
Do saber ou achar.

Colheu os escritos nas páginas no livro dos ares
Quando deitamos dos céus todas as centelhas
Dos sons de olhos piscando,
Quando abraçamos em aços maleáveis
De ombros e pescoços rebeldes
Na tentativa de não sermos vencidos pelo sono,
Quando sem já carne de cromo em fisgas do erétil
Trouxemos os incríveis ósculos do verão.

Venha mesmo que em atropelos,
Venha!
Já que a noite tem que dormir no toda vez que amanhece.
A vejo suplicando pelo sol travesseiro da contradição do efeito.

Leio em seus olhos o vilão do adeus
Com facões amolados que servem para cortar o que somos agora.

Na primeira vez que a vi faz mil anos desde que anoiteceu,
Tu disseste-me oi com boca que sofria,
Tu fitaste-me com a lógica que todos os magos conhecem,
Não somos as lajotas de carnavais
Nem os mourões dos cercados,
Muito menos a coragem dos que morrem,
Mas quem sabe alguma varanda pendurada no firmamento

Submited by

segunda-feira, junho 11, 2012 - 14:11

Poesia :

No votes yet

Alcantra

imagem de Alcantra
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 16 semanas
Membro desde: 04/14/2009
Conteúdos:
Pontos: 1563

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Alcantra

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Paletó de carícias 1 667 04/17/2012 - 03:32 Português
Poesia/Geral Cômodo dos afugentados 2 745 04/12/2012 - 16:47 Português
Poesia/Geral Escritos da Memória 1 484 04/06/2012 - 15:35 Português
Poesia/Geral Interruptor do Sol 1 761 04/02/2012 - 20:42 Português
Poesia/Geral A privada do gigante 0 616 03/30/2012 - 16:31 Português
Poesia/Geral Azul da Prússia 0 671 03/26/2012 - 20:00 Português
Poesia/Geral Labaredas sarcásticas dançam nas ruas de Roma 2 826 03/14/2012 - 21:39 Português
Prosas/Mistério Lágrimas do leão cego 0 953 03/09/2012 - 15:13 Português
Poesia/Geral Os campos de Julho 0 633 03/09/2012 - 15:10 Português
Poesia/Geral Chalés da Beladona 0 501 03/05/2012 - 15:54 Português
Poesia/Geral O nome da tarde era poesia 0 704 02/29/2012 - 22:29 Português
Poesia/Geral Outro do Outro Lado 0 736 02/23/2012 - 23:06 Português
Poesia/Geral O encantador de beija-flores 0 1.212 02/13/2012 - 15:29 Português
Poesia/Geral Noi não contigo 0 543 02/07/2012 - 15:22 Português
Poesia/Geral Letras em chamas 0 665 02/03/2012 - 10:59 Português
Poesia/Geral Sonso e Truncado 0 585 01/12/2012 - 15:40 Português
Poesia/Geral Os filhos do Beco 0 714 12/27/2011 - 14:48 Português
Poesia/Geral Parapeito do mundo 0 564 12/19/2011 - 22:57 Português
Poesia/Geral Chorrilho só chorrilho 0 520 12/13/2011 - 21:35 Português
Poesia/Geral Ler sexo ou solidão 0 749 12/04/2011 - 18:52 Português
Poesia/Geral Correr & nada ser 0 814 11/28/2011 - 22:39 Português
Poesia/Geral Por azo ao flerte 0 636 11/20/2011 - 02:10 Português
Poesia/Geral Arbítrios, broquéis contra missal 0 1.123 11/11/2011 - 22:07 Português
Prosas/Outros Apenas num jornal 0 1.088 10/30/2011 - 00:42 Português
Poesia/Geral A Capa e o Roubo 0 927 10/30/2011 - 00:40 Português