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Ventanias

As brisas dão no meu moinho
ora mansas, ora raivas
ou se se dão com mais vileza
não são brisas no meu moinho,
são ventanias de pai bêbado
sovando as razões do desgosto
que embebem as horas esquecidas...
as brisas giram no pano das pás
depois das revelias... na roda da mó
a fraqueza dos gritos amanhece
branca como a farinha
que um moleiro ventoso o é,
e todos os dias no fim do sono da noite
o sol bate na cal do meu moinho
aguarela vermelha na brisa das pás do vento
enquanto espero as ventanias.

Submited by

domingo, novembro 1, 2009 - 12:08

Poesia :

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JoseAntunes

imagem de JoseAntunes
Offline
Título: Membro
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Comentários

imagem de ÔNIX

Re: Ventanias

Há ventos fortes que arremessam vindos do norte, mas há também brisas quentes com os sóis de Outono. Neste me deito agora lendo a tua poesia, que é sempre um prazer

Beijos

Matilde D´Ônix

imagem de Nanda

Re: Ventanias

José,
Um moinho que moi a ventania da alma angustiada.
Bj
Nanda

imagem de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Ventanias

Quanta poesia nos dá o moinho de vento, o qual simboliza tantas coisas referentes ao nosso ser.

Parabéns pelo lindo poema!

Abraços,
REF

imagem de MarneDulinski

Re: Ventanias

JoséAntunes!
Ventanias

Lindo, gostei!
MarneDulinski

imagem de Manuelaabreu

Re: Ventanias

Bonita poesia convertida em ventanias do ser intrínseco dando asas à fantasia.
Um abraço :-)

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