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No tempo dos afonsinos

No tempo dos afonsinos morava um ser que era o Tempo. De tempos em tempos, esse tempo era o meu.
Mas, então, se o Tempo era o meu?
... Começarei esta história da seguinte forma.
Era uma vez eu!
Eu! Ou, o meu tempo, em que tudo aquilo em que acredito está presente nas minhas acções. Todos os dias, sem excepção, olho para dentro de mim e reflito conscientemente sobre os meus actos e emoções vividas. As boas. As menos boas. As assim assim… e com elas, permito-me crescer sem envelhecer ou, ter idade e sentir-me jovem.
Sendo o tempo, tomo como ponto de partida a minha idade e viro o rosto atrás para o meu PASSADO. Desse passado, longínquo ou não, recordo a sorrir as pessoas que me ensinaram a admirar o mundo da forma como o vejo, redondo e não quadrado; sem mágoas do que foi ou poderia ter sido.
Revivo um dia o ser criança. Que bom que é evocar a infância… a minha… com o espírito aberto. Ser criança é muito mais que ser pequeno.
É ser livre e voar como um passarinho.
É poder rir ou chorar. Brincar e jogar, aprender, ensinar… é ser adulto pequenino; criança bebezinho, ir de encontro ao desconhecido, crescer devagarinho… até chegar aqui novamente.
Olho de frente e no PRESENTE me encontro. Vivo serenamente as alegrias ou tristezas do dia a dia, junto daqueles que gosto. Os amigos e a família. Por esta ordem ou não; na disponibilidade mútua; ter atenção, ficar alerta, ser tolerante, compreensivo; promovendo sempre o diálogo com respeito aos valores de cada um.

Do aqui e agora, remeto-me para o depois e imagino o meu paradeiro num vislumbre de interrogações ou suposições e encaro, de caras, com o meu FUTURO.
Acredito que do perdão, do amor e o auto-conhecimento posso melhorar. Porque se, e enquanto criança, muito temos a aprender; hoje e amanhã, enquanto adultos, continuamos a ter o que ensinar.
Se enquanto crianças, o nosso coração é puro e livre; enquanto adultos, temos de reaprender a receber, a libertar a nossa alma, para que amanhã estejamos capacitados a aceitar a dádiva do amor. Estar capaz de fazer novas escolhas; deixar espaço para o diferente e continuar a crescer.
Neste espaço de Tempo, em que fui lá atrás e voltei, mais velha de idade estou; porém, desta ciência que é o viver e aqui vos deixei, mostra-me que da experiência mais saber acumulei.
No tempo dos afonsinos nasceu um ser que era o Tempo… cresceu, viveu, amadureceu.
Não envelheceu… para deixar o meu testemunho nesta passagem que sou… de tempo.

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quarta-feira, outubro 21, 2009 - 11:47

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Carmen

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Comentários

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Re: No tempo dos afonsinos

Carmen ;
Lindissimo, forte e intenso

Gostei

Parabens

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