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PREDADOR - Ep 2

Eu abri os olhos, mas não conseguia enxergar, havia um saco de tecido na minha cabeça amarrado ao meu pescoço, pensei em tentar gritar mas não adiantaria, pois eu estava muito bem amordaçada, pensei também em me sacudir, mas de nada iria adiantar, estava amarrada, acredito que com tiras couro em uma cadeira, e quando me dei conta percebi que estava nua e com muita dor no corpo!
A única coisa que conseguia ouvir era uma musica esquisita, que parecia a trilha de algum filme épico com cantos gregorianos, entretanto o sentido que estava mais aguçado naquele momento era o meu olfato, pois me chamava muito a atenção um cheiro de carne no fogo, e esta cadeira que eu estava sentada havia um furo bem no meio e dali pude sentir que tinha algum liquido escorrendo de dentro da minha vagina. Não satisfeita com a minha situação comecei a me sacudir, ouvi passos.
- Olha só quem acordou. Disse em um tom suave uma voz masculina.
- Vamos tirar esse saco da sua cabecinha.
Lentamente desamarrou e tirou o saco. Finalmente eu poderia olhar na cara do desgraçado que me deixou presa aqui.Eu não podia acreditar que havia sido tão inocente, tão burra, ao ponto de pegar carona com um desconhecido, e que agora eu me encontrava, nesta situação, se eu morresse e minha filha? O que seria dela? Como pude errar assim.Estava em uma sala com pouca luz, sem janelas, com as paredes mofadas e um marrom que pareciam respingos de sangue.Ele se aproximou parou bem perto e olhou nos meus olhos, bem no fundo deles e perguntou:
- Ta com fominha? Fiquei calada e não respondi.
E ele perguntou novamente.
-Ta com fominha? Pois se estiver vou tirar essa mordaça, mas meu anjo, não pode gritar! Balancei a cabeça positivamente e ele retirou tudo aquilo que prendia a minha boca.
- Vou buscar o seu jantar. Ele voltou com um prato todo decorado contendo um belo pedaço de carne, deveria ser essa que estava no fogo a pouco.
- Agora meu amor, vou cortar um pedaçinho e colocar na boquinha.
Ele colocou aquele lindo pedaço de carne na minha boca, aquilo tinha um gosto muito amargo, mas eu tratei de engolir com medo da sua reação. Toda aquela condição estava tornando-se insustentável e não pude conter o choro, abaixei a cabeça e olhei para o meu braço direito, e este estava enfaixado.Ele perguntou com a voz alterada.
- O que foi? Não está gostoso?Coma mais! De pedaço em pedaço quando me dei conta já tinha acabado de comer aquela carne horrível.
- Muito bem! Você comeu tudinho!
E enfim disse minhas primeiras palavras.
- Por quê?
Ele deu uma gargalhada e disse:
-Fique feliz meu anjo! Você é foi escolhida.
-Escolhida pra que?
- Escolhida pra ser livrada da dor,de toda dor que este mundo te causou.
Meu braço começou a doer.Perguntei a ele o que tinha feito comigo.
Ele bem cínico respondeu:
-Ontem ou Hoje? Respondi:
-Meu braço. Com um tom descontraído ele respondeu:
-Ah! Seu braço? Vai dizer que não achou uma delicia?
-Eu adorei sua carne! -Vou aproveitar e lhe contar o que fizemos ontem.

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quarta-feira, setembro 16, 2009 - 03:03
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eduardo_braune

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