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Cotidianamente Urbana
História da vida urbana
Não conto de fadas que se
Conta na cama.
Assim é presidiário
Diferente de vigário
Pois não prega salvação
E não reza no rosário
Talvez nem tenha religião
Por roubar desempregado.
Deixar mais um machucado
Era um pobre operário.
Não queria santuário
Humilde e carente.
Na bagagem sua ambição
E queria brioche quente.
Contentou-se com filão
Plantou sua semente.
Floresceu a solidão
Sua vida era um inferno.
E parecia ser eterno
E por um sistema corrupto.
Que o trancou num pupto
Não lhe deixou explicar
Só queria uma morada
Ingênua, fácil de achar
E bateu na porta errada
Começou a mendigar
Sua família, hoje parada
Já não tem onde ficar
Este homem esta descrente
Começa a degenerar
Sua erva daninha
Nasceu da semente tal
Morreu como nasceu coitado
Foi num milharal
Tachado de indigente
Oh família tão carente
Saiu a sua geração
Este era seu destino
E de mais de um milhão.
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domingo, fevereiro 21, 2010 - 02:25
Ministério da Poesia :
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