Quando não temos vontade de escrever,
quando não nos surge nada na mente,
não nos devemos forçar a tal
porque no final dos nossos versos
(tortos e vazios
escritos em letras sem motivação,
no final. Sim, no final do poema,
temos a certeza que não escrevemos nada.
Sabemos que aquilo não faz parte de nós.
A tua pele, outrora bela,
agora funde-se com os teus ossos.
As curvas sinuosas dos teus cabelos
finos como cinza, como pó que...
percorrem as tuas costas flageladas.
o teu pescoço envelhecido pelas horas de exaustão,
pelos minutos infinitos nos quais descansaste a cabeça
sobre as mãos, fazendo-as dobrar pela linha que as une aos braços.
Essa linha, que no dia do teu fim,
fora trespassada pela lâmina. O sangue.
O desespero das tuas lágrimas a correr as tuas faces
enquanto deixavas escapar a palavra Amor, dos teus lábios
na escuridão dos teus olhos fechados, no dia do teu fim.
Debaixo do teu seio, o teu coração enfraquecia
ao ritmo do teu sangue a deixar o teu corpo.
O arrependimento!
Ergues o teu corpo fraco.
Caminhas em passos lentos...
Sob os teus pés, as cinzas da tua alma
cravam-se como espinhos de rosas e
sofres, porque agora queres viver.
Sentes o peso da palavra Amor no teu ventre
liso e branco e sabes que era qualquer coisa.
Ramificações antigas, na origem do teu peito.
O oblívio património de castelos em ruínas
( dentro do teu coração.
As raízes confusas, que se entrelaçam dentro do teu cadáver
á distancia da minha mão no teu peito.
O teu corpo é uma memória esculpida no tempo.
Na memória do teu corpo morto, antes de fechar o caixão, o dia do teu fim.
Os poemas são pedaços de poetas.
E quando não há disposição, escrevemos
simplesmente palavras soltas que não formam poemas
mas despedaçam poetas.
Quando estamos sós, sentados num café
e sabemos que somos poetas sem vontade de escrever,
vemos pessoas que passam e temos a certeza
que essas pessoas já mais lerão estas palavras.
Não sei porquê que tu estás a lê-las agora?
Mas quero que saibas, que no fim foi só maçada,
porque nem vontade tinhas para ler um poeta despedaçado.
Quando não temos vontade de escrever,
quando não nos surge nada na mente,
não nos devemos forçar a tal
porque no final dos nossos versos
(tortos e vazios
escritos em letras sem motivação,
no final. Sim, no final do poema,
temos a certeza que não escrevemos nada.
Sabemos que aquilo não faz parte de nós.
A tua pele, outrora bela,
agora funde-se com os teus ossos.
As curvas sinuosas dos teus cabelos
finos como cinza, como pó que...
percorrem as tuas costas flageladas.
o teu pescoço envelhecido pelas horas de exaustão,
pelos minutos infinitos nos quais descansaste a cabeça
sobre as mãos, fazendo-as dobrar pela linha que as une aos braços.
Essa linha, que no dia do teu fim,
fora trespassada pela lâmina. O sangue.
O desespero das tuas lágrimas a correr as tuas faces
enquanto deixavas escapar a palavra Amor, dos teus lábios
na escuridão dos teus olhos fechados, no dia do teu fim.
Debaixo do teu seio, o teu coração enfraquecia
ao ritmo do teu sangue a deixar o teu corpo.
O arrependimento!
Ergues o teu corpo fraco.
Caminhas em passos lentos...
Sob os teus pés, as cinzas da tua alma
cravam-se como espinhos de rosas e
sofres, porque agora queres viver.
Sentes o peso da palavra Amor no teu ventre
liso e branco e sabes que era qualquer coisa.
Ramificações antigas, na origem do teu peito.
O oblívio património de castelos em ruínas
( dentro do teu coração.
As raízes confusas, que se entrelaçam dentro do teu cadáver
á distancia da minha mão no teu peito.
O teu corpo é uma memória esculpida no tempo.
Na memória do teu corpo morto, antes de fechar o caixão, o dia do teu fim.
Os poemas são pedaços de poetas.
E quando não há disposição, escrevemos
simplesmente palavras soltas que não formam poemas
mas despedaçam poetas.
Quando estamos sós, sentados num café
e sabemos que somos poetas sem vontade de escrever,
vemos pessoas que passam e temos a certeza
que essas pessoas já mais lerão estas palavras.
Não sei porquê que tu estás a lê-las agora?
Mas quero que saibas, que no fim foi só maçada,
porque nem vontade tinhas para ler um poeta despedaçado.