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Lutolento
Não há por que, pois estacar-nos ao setembro atropelado.
Assoprar da tarde brisa que assenta ao azul,
Um asseverado pó sobrevoa arenoso
Um sol-posto aos olhos
No mesclar duma piscadela profunda.
Sentir a fundição da escuridade
Em nublado morto nada
Atiras um som na língua da boca
Como ondas em lábios
Arrancas a adaga que tu mesmo cravaste
Um repicante soluço estala o ar
Já que a égide quebrada está
O empilhar de cisco estremece
O cálculo comprido de quem enxerga
Náuseas resmungando azedo
O pincelar de passos no ouvido
Assumir posição perante ao que fadiga
Na sola dum pé
Ao surgimento das costas
Tal como um membro na alcova
De simultâneos orgasmos ao final.
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Ministério da Poesia :
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