CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Os moinhos do norte

Uma grande engrenagem movimenta a terra
Uma imensa usina mantém acesa a luz do sol
As árvores terra micróbios ar água oceano peixes pássaros...
Somos todos nós engrenagens dentro duma grande caixa redutora
Para acoplar a engrenagem-terra.
O eixo é o universo.

Eu sou o dente quebrado em carbono e ferrugem,
Estou travado.
Dispenso os ideais, a filosofia dos loucos...
Atirei meu corpo em âncora ao oceano transbordado
Da taça do grande senhor,
Enquanto engolia a fio a carne do homem
Cuspindo os ossos para servir ao seu cão propenso e obeso.

Capturei o movimento pelo rabo e o amarrei
Na catapulta furiosa feita de pena de urubu.
Atirei-o contra as muralhas do estático.
Ventoinhas ventos ventania furacão...
Erupção centrífuga arrancando a pele dos corpos vivos
Numa ilha perdida na psique.

Estamos mortos e afogados num útero
Para nascermos sem escolha.

Submited by

terça-feira, dezembro 15, 2009 - 21:00

Ministério da Poesia :

  • Se logue para poder enviar comentários
  • 2398 leituras
No votes yet

Alcantra

imagem de Alcantra
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 10 anos 26 semanas
Membro desde: 04/14/2009
Conteúdos:
Pontos: 1563

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Alcantra

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Paletó de carícias 1 1.229 04/17/2012 - 03:32 Português
Poesia/Geral Cômodo dos afugentados 2 1.358 04/12/2012 - 16:47 Português
Poesia/Geral Escritos da Memória 1 1.063 04/06/2012 - 15:35 Português
Poesia/Geral Interruptor do Sol 1 1.251 04/02/2012 - 20:42 Português
Poesia/Geral A privada do gigante 0 1.500 03/30/2012 - 16:31 Português
Poesia/Geral Azul da Prússia 0 1.280 03/26/2012 - 20:00 Português
Poesia/Geral Labaredas sarcásticas dançam nas ruas de Roma 2 1.403 03/14/2012 - 21:39 Português
Prosas/Mistério Lágrimas do leão cego 0 1.701 03/09/2012 - 15:13 Português
Poesia/Geral Os campos de Julho 0 1.367 03/09/2012 - 15:10 Português
Poesia/Geral Chalés da Beladona 0 1.196 03/05/2012 - 15:54 Português
Poesia/Geral O nome da tarde era poesia 0 1.431 02/29/2012 - 22:29 Português
Poesia/Geral Outro do Outro Lado 0 908 02/23/2012 - 23:06 Português
Poesia/Geral O encantador de beija-flores 0 1.480 02/13/2012 - 15:29 Português
Poesia/Geral Noi não contigo 0 886 02/07/2012 - 15:22 Português
Poesia/Geral Letras em chamas 0 1.291 02/03/2012 - 10:59 Português
Poesia/Geral Sonso e Truncado 0 1.349 01/12/2012 - 15:40 Português
Poesia/Geral Os filhos do Beco 0 1.448 12/27/2011 - 14:48 Português
Poesia/Geral Parapeito do mundo 0 1.158 12/19/2011 - 22:57 Português
Poesia/Geral Chorrilho só chorrilho 0 1.020 12/13/2011 - 21:35 Português
Poesia/Geral Ler sexo ou solidão 0 1.842 12/04/2011 - 18:52 Português
Poesia/Geral Correr & nada ser 0 1.305 11/28/2011 - 22:39 Português
Poesia/Geral Por azo ao flerte 0 1.224 11/20/2011 - 02:10 Português
Poesia/Geral Arbítrios, broquéis contra missal 0 1.586 11/11/2011 - 22:07 Português
Prosas/Outros Apenas num jornal 0 1.734 10/30/2011 - 00:42 Português
Poesia/Geral A Capa e o Roubo 0 1.653 10/30/2011 - 00:40 Português