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RIMAS FILOSÓFICAS

FELICIDADE

No campo ou na cidade
O homem quer felicidade
Vive sempre um desatino
Felicidade como destino
Se quiser ser feliz
Não tema este desejo
Nem que seja por um triz.
Todos nós perguntamos
Onde está a felicidade
Se está na natureza bela
No campo ou na cidade
Ela está dentro de ti
No desejo de buscá-la
E no canto do bem-te-vi.

PEQUENEZ HUMANA

A pequenez humana decorre
Do pensamento vil e mesquinho
Do pensar estereotipado
E da praga do jeitinho
Quem teme a aventura
De se lançar sobre o real
Vê tudo como loucura.

SENSO COMUM

O oposto do senso crítico
É o senso comum banal
Aceita a alienação
Como pensamento racional
Sua essência primordial
Manter o status quo
De modo irracional.

O senso comum nos impede
De ser autêntico e verdadeiro
Muitos preferem se comportar
Como inseto hospedeiro
Concorda com seu patrão
Não questiona o padre ou pastor
Ou só no conhaque de alcatrão.

CONSCIÊNCIA DE SI

A consciência de si
É a consciência interior
Falar, criar e afirmar
Visando inovar e propor
Ter a consciência do outro
É rever seus conceitos
Sem a pretensão de ser douto.

LIBERDADE

Na construção do nosso mundo
Muitos querem liberdade
Uma sociedade livre e linda
Pautada na verdade
Na ilusão do tudo posso
Liberdade não se encontra
No conformismo do nada posso.

Liberdade é um direito
Prescrito e legal
Por ser frágil e esplendorosa
Ela é Constitucional
Liberdade de ir e vir
Rezar e expressar
Comunicar e repartir.

APARELHOS IDEOLÓGICOS DO ESTADO

Nossa sociedade tem aparelhos
Chamados de reprodução
De repressão e ideológico
Cada um com sua função
A escola e o tribunal
Fazem parte desta estrutura
Tanto pro bem quanto pro mal

Quem suga seu imposto
É o Estado Conde Drácula
Onisciente e onipotente
Sem pecado e sem mácula
Seus aparelhos ideológicos
Mantém sua aparência
De anjo apostólico.

Do nascer ao morrer
Você paga uma taxa
Não importa se você
É da Silva ou Natacha
Todavia o imposto
Possibilita investimentos
Corrupção e desgosto.

A VIDA É UMA COMÉDIA

Charles L. Wallis disse outrora
Sobre vida e singeleza
Não adianta complicá-la
Nem viver de gentileza
Pra quem sente ela é tragédia
Para o crédulo uma vitória
Pra quem pensa uma comédia.

OS DEFEITOS SÃO ÚTEIS

O ser humano se embrutece
Quando persiste na perfeição
Age pouco com a mente
Exageradamente com o coração
Ninguém jamais teve um defeito
Que não lhe fosse útil
Seja padre ou prefeito.

ALIENAÇÃO

Homem que é homem não chora
Lugar de mulher é na cozinha
Querer é poder
Máxima de cidadezinha
Não sabe o sujeito
Alienação não tem fronteira
Na metrópole é do mesmo jeito.

Ninguém é tão burro
Que não perceba transformação
Seja no campo da economia
Direito ou administração
Ser burro é persistir
Que os nossos governantes
Na educação vai investir

O povo de certo modo
Gosta mesmo de sofrer
Chora e lamenta sempre
Mas não faz o seu dever
Na hora de votar
Simplesmente se exclui
Da escolha participar.

Existe político ladrão
E muito eleitor otário
Troca o voto por migalhas
E confessa com o vigário
Vive na esperança
Que se o político ganhar
Vai fazer uma festança.

Em tempos de eleição
Os jovens são aliciados
Por políticos sensacionalistas
E pela justiça processados
O pior é que conseguem
Eleitos pelos imbecis
Roubando eles prosseguem.
Quando o assunto é política
Já vi de tudo nessa vida
Eleitor embrutecido
Com a política e com a lida
Vive trancado no seu lote
Mais raivoso do que uma cobra
Pronto pra dar um bote.

Não gosto de política
É comum a gente ver
Tenho raiva de quem goste
Se insistir vou te bater
O coitado só tem culpa
Por ser fruto da história
E dela não se ocupa.

Se a gente comparar
Eleitor com animal
Suas atitudes se confundem
E isso é muito mal
Política é coisa séria
Pois, ainda é o meio
De se combater a miséria.

O eleitor é o mais culpado
Porque deixa ser levado
Pela mentira esfarrapada
De político oitavado
Vota por votar
E diz que foi obrigado
Pela justiça optar.

A justiça não te obriga
A escolher um maioral
Obriga a ficar em dia
Com o sistema eleitoral
A escolha sempre será sua
Seja freira ou cafajeste
Reflita e sente a pua.

Toda perua tem puxassaco
Amiga ou empregada
Pra aplaudir os seus pitis
Chorar e dar risadas
Mulher perua se preocupa
Com consumo de supérfluos
Pouca coisa tem na cuca.

LINGUAGEM SIMBÓLICA

Segundo o linguista Gusdorf
O homem é um ser que fala
Cria símbolos e jargões
E na melancolia se cala
Torna presente pra consciência
O objeto que está longe de nós
Seja capiau ou eminência.

CULTO X INCULTO

Cultura é um conjunto
De tradições e costumes
Todo ser humano é culto
E disso não são imunes
É inerente ao camponês
Intelectual ou lacaio
Brasileiro ou francês.

Todo mundo tem cultura
De acordo com a filosofia
O índio e o analfabeto
Ou malandro na correria
Ser culto é dominar
O mínimo de conhecimentos
Sobre a terra, o ser e o ar.

Há vários tipos de cultura
De massa, popular e erudita
A de massa é eletrônica
A erudita é mais restrita
A mais famosa é a popular
Que se aprende com experiências
Nas praças, em casa e no bar.

O HOMEM E O CANIÇO

O homem é um caniço
Máxima de Pascal
O mais fraco da natureza
Porém sensacional
É um caniço pensante
Molda tudo como quer
Vitorioso e errante.

DÚVIDA GERA CONHECIMENTO

A ignorância crê tudo
Porque de nada duvida
Descartes ensinava
A duvidar da própria lida
Na música o silêncio tem ritmo
Na filosofia reflexão
A dúvida é parte do íntimo.

O SÁBIO E O BESTA

Na nossa literatura
Há muitos adágios populares
Ensinados de pai pra filho
E em redes escolares
Na vida de um modo geral
Mais vale uma hora de sábio
Que uma vida inteira bestial.

A VELHA OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO

Nascer ignorante
É uma realidade humana
Permanecer na ignorância
É atitude de banana
Com o tempo vêm as opiniões
Petrificando o pensar humano
Seja na cidade ou nos rincões.

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Economia solidária
Alternativa de mudança
Combate o desemprego
Sem fazer muita lambança
Defende o comércio justo
Gerando trabalho renda
Nunca a qualquer custo.

A economia solidária
Diverge da capitalista
Defende o comércio justo
Não defende a stalinista
Seu objetivo é projetável
Gerar trabalho e renda
De maneira sustentável.

A economia solidária
Defende a autogestão
Dos empreendimentos solidários
Sem a presença de patrão
Associativismo e cooperativismo
O empreendimento se formaliza
Nasce um novo comunismo.

Montar um negócio solidário
Exige muita dedicação
Além de ser democrático
Prevalece à autogestão
Dividir o lucro igualmente
É um dos princípios básicos
E preservar o meio ambiente.

SOFISMA

Toda vez que eu questiono
Fico sempre indeciso
Se eu fiz a pergunta certa
Ou elaborei de improviso
Fica clara a insegurança
Do objetivo pretendido
Sofista por herança.

DESTINO

Destino é teoria
Criada pelo ser humano
Explica o inexplicável
Entra ano e sai ano
Quem defende esta tese
Com tudo se conforma
Em velório e apoteose.

AMOR X CIÚME

O amor tudo suporta
O ciúme tudo destrói
A vida de pouco amor
Causa atitude que dói
A tônica da vida é amar
O ciúme desnecessário
Em terra firme ou no mar.

MITO X FILOSOFIA

O mito é narrativa
Seu conteúdo não se questiona
Filosofia problematiza
Da verdade não é dona
No mito a verdade é dada
Sem pretensão intelectual
Na filosofia procurada.

PLAYBOY

A filosofia busca coerência
O mito o herói
Em tempos pós-modernos
Irreverente é ser playboy
Política não é o forte
Do playboy de classe média
Pois, busca o holofote.

INTERNET

Orkut virou febre
A onda é adicionar
Jovens e adolescentes
Usam pra se comunicar
Completam o pacote
MSN e twitter
MSN é o mascote.

A internet proporciona
O tímido a agir e cantar
Aquela mina bonita
Gostosa do pré-vestibular
Arma tudo pela internet
Inseguro sabe que é
Assim foge do tête a tête.

Mascarar e viajar
A internet nos permite
Comprar ou discutir
Com ética ou sem limite
Também vicia e aliena
Cuidado pra não ficar
Com hábitos de hiena.

CULTO AO CORPO - HEDONISMO

O corpo era sagrado
Nele não se tocava
Pecado se cometia
Mesmo quando se olhava
Hoje ele é usado
Desejado e amassado
Exibido e cultuado.

A jovem de hoje em dia
Na vida esta se achando
Estudar e ter limite
Este foco esta passando
Quer ser rica e famosa
Fazer sexo e academia
E ouvir que é gostosa.

ÉTICA E POLÍTICA

Política é ciência
Arte de governar
Não é decisão que se toma
Em palanque ou em bar
A ética deve ser
A trilha de todo dia
Do político percorrer.

Toda arte de governar
Passa pelo ser honesto
O homem público de poder
Tem tendência a ser funesto
A ética que o contrasta
Deve fazer oposição
Entre verdade e plástica.

IDEOLOGIA CAPITALISTA

O capitalismo é complexo
Que até fico perplexo
Tem muitas engrenagens
De exclusão e de drenagens
Uma delas vou citar
Se tens quarenta anos
Do emprego sairá.

Nem mesmo com faculdade
O cabra pode sonhar
O que ganha é miséria
Sua vida é trabalhar
Federal é pra elite
ProUni não é pra todos
E a demanda só persiste.

Faculdade é só desejo
De milhões de brasileiros
Que sonham em ser doutores
Não passam de carpinteiros
Não disse que não é nobre
Ser pedreiro ou carpinteiro
Mas pro sonho falta o cobre.

Todo ano na minha escola
Formo trezentos estudantes
Muitos serão apenas
Vendedores ambulantes
Sem carteira assinada
Viverão a Deus dará
De cilada em cilada.

Muita gente fala sempre
Agradeça sempre a Deus
Por ter trabalho e emprego
Pra tratar dos filhos seus
A Deus peço perdão
Trabalho não dignifica
Só enriquece o patrão.

O que é que vou fazer
Se não tenho conhecimento
Sou um simples operário
De uma fábrica de cimento
Sou tratado feito lousa
Humilhado também sou
Sou coisa da própria cousa.

Não existe patrão sem empregado
Nem empregado sem patrão
Ideologia capitalista
Aceita como bom sermão
Deixa a vida me levar
Influencia o operário
Com a miséria conformar.

Jornada começa com um passo
Mulher não se pega no laço
Filosofia não é bruxaria
E muito menos pirataria
Ideologia é dominação
Das elites mercenárias
Que impõem sua visão.

As ideias de Karl Marx
Causaram indignação
Nos donos do poder
Que vivem de alienação
A mais-valia condenou
Na fábrica e na indústria
Comércio e talk show.

Ideologia fetichizada
Aliena a espécie humana
Seja ele proletário
Ou com pinta de bacana
Tudo vira mercadoria
Na igreja e na escola
Tribunal e tabacaria.

Para Henry Ford, tempo é útil
Não lucrar é sacanagem
O trabalho é controlado
Na linha de montagem
Eliminando os excessos
De gestos improdutivos
Explorando em processos.

Charles Chaplin ironizou
Mostrado em cinema
O operário brutalizado
Feito pato com edema
Trabalhava feito louco
Empobrecido a cada dia
Como santo do pau oco.

CIDADANIA

Muito se fala
Sobre cidadania
Seja aqui no Brasil
Ou na Oceania
E um tema instigante
Causador de tantos debates
Entre nativo e imigrante.

ÉTICA E MORAL

Ética e moral
Tem significados diferentes
As duas de um modo geral
Não são independentes
Ética é reflexão
Moral é a norma
De brasileiro a saxão.

INDIFERENÇA

Odeio os indiferentes
Parasitismo e covardia
Indiferente não tem partido
Indiferença é abulia
Sufoca a inteligência
Dos libertários e utópicos
Com a sua negligência.

TOLERÂNCIA RELIGIOSA

É contínua e progressiva
A conquista da felicidade
O mundo dá muitas voltas
Sem muita caridade
Deus é amor e paz
Pra cristãos e mulçumanos
Para o vivo e o que jaz.

DOGMATISMO MEDIEVAL

O período da Idade Média
Corresponde a mil anos
Do século V até o XV
Queimaram muitos manos
O dogma medieval
Tinha base na Igreja
De natureza universal.

Não aceitava opinião
A Igreja medieval
De filósofo intrometido
Em tema universal
Deus é o criador
De toda criatura
Cristão e pecador.

No pensamento medieval
Predominava o teocêntrico
Característica opositiva
Que nega o antropocêntrico
A fé tudo explicava
Rechaçando a razão
E a nobreza apoiava.

RENASCIMENTO

No século XVI
Surge o renascimento
A razão era a base
Daquele movimento
Tudo era racionalismo
Do pensar ao agir
Chamado antropocentrismo.

O homem era o centro
Do universo e decisões
A razão se tornou fato
Iluminando multidões
Nasce o pensamento moderno
Embasado na razão
Casual e eterno.

O renascimento não é eterno
Mas fez mudança importante
Não era teocêntrico
E nem muito maçante
Pois tinha como objetivo
Tornar o homem moderno
Crítico, seguro e altivo.
LIXO E BANHEIRO

O homem ao construir
Pensa na beleza da construção
Levantar a casa logo
Como se fosse um furacão
O lixo e o banheiro
Não se tornam preocupação
Do nobre engenheiro.

JEITINHO BRASILEIRO

De certa forma todos nós
Queremos nos dar bem
Seja velho ou adulto
Criança ou neném
Esta herança se prolonga
Com o jeitinho brasileiro
Criativo e sem delonga.

O jeitinho brasileiro
É a praga de cada dia
No trânsito ou na escola
Tribunal ou abadia
Atitude antiética
De levar vantagem sempre
Idiota e patética.

Quem nunca ficou sabendo
Do jeitinho brasileiro
De policial ou playboy
Professor ou obreiro
Juiz, padre e pastor
Delegado, médico e artista
Bicheiro, político ou cantor.

Quem não tem cão caça com gato
Revela um grande desespero
Explicita a problemática
Do jeitinho brasileiro
Quem tem pressa come cru
Gato é gato e cão é cão
Sai daqui seu tribufu.

REBELDE SEM CAUSA

Idiota e patético
É o comportamento juvenil
Bebe, briga e morre
No movimento estudantil
Sem bandeira para defender
Não lidera a juventude
E bota tudo a perder.

REFORMA PROTESTANTE

Quando saiu da sua Igreja
Alegou corrupção
Do clero em geral
Fazendo distinção
Os membros do baixo clero
Eram fracos e sem dinheiro
Um deles era Lutero.

O capitalismo é complexo
Que até fico perplexo
Tem muitas engrenagens
De exclusão e de drenagens
Uma delas vou citar
Se tiver quarenta anos
Do emprego sairá.

Todo ano na minha escola
Formo trezentos estudantes
Muitos serão apenas
Vendedores ambulantes
Sem carteira assinada
Viverão ao-deus-dará
De cilada em cilada.

AMIZADE

A vida nunca é tão breve
Que não haja tempo para cortesia
Cuide bem dos seus amigos
E de você com maestria
A vida é breve e curta
Como a brisa do inverno
No alto de um pé de murta.

MÉTODO CIENTÍFICO

O método científico
Tem vários elementos
Tem hipótese e objetivo
Que norteia os experimentos
Tem justificativa e observação
Generalização e analogia
Dedução e indução.

Hipótese é a explicação
Provisória dos fenômenos
Interpretação antecipada
Não é ciência de gnomos
Ela é um processo heurístico
Que pode ser comparado
A um insight artístico.

A formulação de uma hipótese
Não é uma atividade mecânica
É a expressão de uma lógica
Paciente e titânica
A hipótese para ser científica
Precisa de verificação
Contrariando a patrística.

INSUCESSO E OPORTUNIDADE

Pra Henry Ford o insucesso
Abre nova oportunidade
Pra recomeçar com inteligência
Sem o lema da causalidade
Ele será referência
Pra não cometer os mesmos erros
Seja em ato ou potência.

GRITOS X RAZÃO

Aos gritos se recorre
Quando se perde a razão
Postura de autoritário
De brasileiro ou alemão
A sabedoria oriental
Estimula a prudência
Do viver universal.

ABUSO DE PODER.

Pra muitos pensadores
Sofrer é necessidade
Não conseguir o que sempre quis
È parte da felicidade
Pra outros o sofrer
É fruto da intolerância
No exercício do poder.

O PAPEL DO FILÓSOFO ATUAL

Ser filósofo no mundo de hoje
Não é só ter pensamento sutil
É ser fermento na sociedade
Eliminando a visão de perfil
É lembrar com eloquência
Da ética e senso crítico
Virtude e tolerância.

PROFESSOR EMBRUTECIDO

Há muitos educadores
Que ensinam a esmo
Põem a culpa no aluno
Não corrigem a si mesmos
Têm postura vertical
Frutos de um sistema
Fracassado e terminal.

Os funcionários ganham mal
E não tem mais paciência
Qualquer coisa os irrita
Falta-lhes consciência
Acham que são donos da escola
Discorda das decisões
E o serviço não decola.

O SEVIDOR E A TAL DA LICENÇA MÉDICA

Plano de curso e de aula
Pediu o diretor com paciência
Pra professora Topete
Que disse ser muita exigência
Com raiva e deselegância
Pediu licença médica
Alegando stress e intolerância.

É assim que tem sido
Gerir uma escola pública
É só chamar a atenção
Da servidora pudica
No outro dia ela adoece
O serviço fica emperrado
E o diretor é que padece.

O que me deixa intrigado
Como o servidor consegue
Licença médica rápida
No dia seguinte é entregue
Deus me livre deste sistema
Que permite ao servidor
Agir sem ética e no esquema.

SABER OUVIR

Saber ouvir bem
É necessário e prudente
Isto é uma praxe
De pessoas inteligentes
De inteligência tu és dotado
O que lhe falta é a conduta
De não agir como coitado.

TEORIA POSITIVISTA

Pra muitos seres humanos
A sociedade está perfeita
Quando nasceu a encontrou
Mãe feliz e satisfeita
Não aceita participar
De mudanças nas estruturas
Pro mundo melhorar.

Quando nascemos neste mundo
A sociedade estava assim
Pronta e edificada
E pra quase tudo dizemos sim
Quando os problemas nos afligem
Ficamos indignados
E com a mudança a gente finge.

PROPAGANDA IDEOLÓGICA E CONSUMISMO

A alma do negócio
Dizem ser a propaganda
De alma não tem nada
É mau espírito que te ronda
Proteja-me, Jorge Guerreiro
Dos louvores, dos reclames
Pra ter oferta no terreiro.

A propaganda ideológica
É a alma do negócio
O burguês só pensa em ter
E viver sempre no ócio
Ideologia, ideologia
Sangue do meu sangue
Enlouquece e me alivia.

Se estiveres muito triste
Uma receita recomendo
Sempre compre, compre e compre
Nem que vivas no relento
Pra tudo não emperrar
Mantenha seu nome limpo
Se não vai se ferrar.

Os grandes empresários
Elogiam o homem pobre
Que compra e paga em dia
Pensando se tornar nobre
O elogio ecoa forte
Incentiva o trabalhador
A consumir mesmo na morte.
Leve tudo em 10 vezes
Juros você não paga
Coitado do displicente
Que acredita nesta praga
O desejo da burguesia
É devorar o seu mínimo
Sem temor e anestesia.

SER HUMANO COISIFICADO

Quarto de empregada
É pequeno e de entulho
Guarda tudo que é velho
E brinquedos do filho
A empregada ganha mal
Sobe no elevador de serviço
Como pobre e marginal.

BANALIZAÇÃO DO SEXO

Há cocota meretriz
Que acha tudo maravilhoso
Vende o corpo e a alma
Em clima seco ou chuvoso
Sexo, droga e rock’n’roll
Axé, pagode e sertanejo
Sei lá pra onde vou.

EDUCAÇÃO SEXUAL NA FAMÍLIA

Sexo é tão simples
Que mosquito o faz voando
Por exagero da moral
É tabu entre humano
Pais que não educam
Passam a vida lamentando
Onde foi que nós erramos.

SOLIDARIEDADE

É dando que se recebe
Falou Francisco de Assis
Infelizmente no mundo de hoje
Poucos ajudam um infeliz
Muitos preferem a querela
Causada por esta máxima
Em tempos de aquarela.

O TEMPLO SHOPPING CENTER

A arquitetura de shopping center
Com templos tem semelhança
Em cada loja tem uma jovem
Sacerdotisa de boa aparência
Cada loja é uma capela
Ornamentada com imagens
Alegoria linda e bela.

Quem não comunga no shopping center
No mínimo não tem dinheiro
Predestinado ao inferno
Do McDnald’s por inteiro
Não comprou por que só tinha
O vale de voltar pra casa
O jeito é catar latinha.

Construíram shopping center
Pro deleite da burguesia
Onde ela pudesse encontrar
Os prazeres do dia a dia
Gente bonita, comida e vestimenta
Bebidas, estacionamento e segurança
Conforto, luxúria e encomenda.

SENSO CRÍTICO X PROPAGANDA

Perguntaram um dia pra mim
Se eu era feliz com minha existência.
Por reclamar muito do mundo
E com alienados não ter paciência
Rotularam-me de incisivo
Por dizer pra propaganda
Oh! Quanta coisa de que não preciso!

ESPIRITUALIDADE SEM LIMITE

Entre caras e bocas
Rosas e margaridas
O povo adora circo
Contra aborto, espermicidas
Espiritualidade é necessário
No candomblé ou na IURD
Macumba e leprosário

0800 X CELULAR

Não sei pra quê 0800
Se você não pode ligar
Pra sanar a dificuldade
Ligando de celular
É propaganda enganosa
Que irrita qualquer um
Então desligue esta joça.

QUEM TIROU O LIMITE DA CRIANÇA?

Um bom pai educa o filho
Pra que tenha compromisso
Responsabilidade pelos atos
Nada mais do que isto
Porém, tem consequência
Pois, ser pai é um processo
De astúcia e inteligência.

As crianças de hoje em dia
Não têm limite e nem foco
Um dos culpados é o pai
Que vive virando o copo
Bebe na presença do menor
Com se tivesse degustando
O bendito caldo Knor.

Como pode uma criança
Ter topete e argumentos
Pra debater com seus pais
E tratá-los como jumentos?
A criança é fruto do meio
Faz de ti gato e sapato
Porque você não interveio.

STATUS E DELINQUÊNCIA JUVENIL

A gente não vai atrás
De jovens e pivetes
Eles buscam fama e status
Com “PTs” e canivetes
Palavra de liderança
Rebelde e sem causa
Que leva a vida na vingança.

BALA PERDIDA: CADÊ O ESTADO?

O negócio é mandar bala
Pra ver no que é que dá
Em roubos ou assaltos
Brincando ou pra matar
Certeiros da impunidade
Balas perdidas são comuns
Nas ruas e faculdades.

Incompetência do Estado
Gera todo dia impunidade
De bandido e pistoleiro
Político e autoridade
Não defendo pena de morte
Mas gostaria que meus impostos
Não fossem geridos pela sorte.

MORALISMO

Chama-se de moralismo
O oposto de moral.
Ele é o exagero
Praticado como normal
Faça sempre o que eu digo
Mas não faça o que eu faço
Meu filho eu te bendigo.

O SORRISO E A ESAPDA

Shakespeare um dia disse
Sobre sorriso e a espada
A espada é o instrumento
De batalha encampada
A espada sempre corta
A possibilidade do diálogo
E o sorriso abre porta.

PRECONCEITO: PRAGA SOCIAL?

O preconceito racial
É publico e notório
Na escola ou na rua
Consultório e futebol
Tem raiz na instituição
Estabelecida pelas elites
Chamada escravidão.

A prática do racismo
É crime previsto em lei
Não sei se você o pratica
Apenas o informei
O crime não compensa
Respeite as diferenças
Se és um cara de responsa.

PATRÍSTICA X ESCOLÁSTICA

A Patrística afirmava
Crer para entender
A Escolástica se opôs
É preciso entender pra crer
Isto não é ceticismo
É unir fé e razão
Pra combater dogmatismo.

DIVERSOS – DITOS POPULARES

Não há bem que sempre dure
Nem mal que não se acabe
Verdade não é eterna
É mutável e você sabe
A lembrança é um bem
Positivo ou negativo
Diga-me quem não a têm.

Como pode dois espíritos
Habitar o mesmo corpo?
Contraria a lei da física
Fortalece a crença do povo
Isto não é provocação
Acredite no que quiser
Mas antes faça reflexão.

Não adianta mais chorar
O leite derramado
Frase dita por muitos
Quando o fato é consumado
Importa muito saber
O que é que vai fazer
Pra poder se reerguer.

Na vida acreditamos
Que tudo vai melhorar
Infelizmente sempre aparece
Alguém pra nos apoquentar
Estes espíritos de porco
São das profundezas do inferno
Lá da região do orco.

Chamamos nosso tempo
De era da informação
A onda digital
Anda na contra mão
Pau que nasce torto
Até a cinza é torta
O benefício é pra poucos.

Os ditos populares
Sempre nos trazem um alento
Pras angústias da vida
Livrando-nos do tormento
Não adianta mais chorar
Diante do arquivo deletado
Não é fácil recomeçar.

Em casa de saci
Uma calça veste dois
Uns aplicam na bolsa
Outros investem em bois
Quem avisa amigo é
O mundo é cruel
Pra saci e Zé Mané.

PERDÃO LIBERTA

Errar é humano
Perdoar é divino
Palavras de alguém
Grandioso e cristalino
Quem perdoa se liberta
Dos tormentos psicóticos
E no mundo se acerta.

MERCANTILIZAÇÃO DA FÉ

Santo que é santo
Não nega um pedido
Não importa se o freguês
É milionário ou mendigo
Tem santo carismático
Além de fornecedor
No crédito automático.

Jesus é quase um banco
Pra muitos religiosos
Antiéticos e vagabundos
Fiéis inescrupulosos
Pra fazer sacanagem.
Usaram como pretexto
Jesus e sua mensagem.

Jesus não é um banco
Bando de urubus
Líderes “cabeça de bagre”
Peçonhentos como urutus
Trocam fé pelo dinheiro
Tornam o templo sagrado
Mais sórdido que um puteiro.

SEXO E MORALISMO

Santa do pau oco
Expressão muito usada
Pra rotular a mocinha
Que transa sem ser casada
É um dito popular
Usado por qualquer classe
Seja aqui ou acolá.

Maria Madalena
Não foi garota de Ipanema
È mais famosa hoje em dia
Do que artista de cinema.
Há mais de 2000 anos
Foi pivô de um conflito
E só teve perdas e danos.

Sobre Maria Madalena
Vítima de um sistema
Quem é que não transou
Com aquela pobre pequena?
Salvou-se por uma questão
Mais moral que religiosa
Sem remorso e compaixão.

TIRADENTES: A CONSTRUÇÃO DE UM HERÓI

Todo ano a mesma coisa
Pra Tiradentes faz-se festa
Muitos contestam sua morte
E não é atitude funesta
Diz-se que ele não morreu
Pra França ele fugiu
E por lá se escafedeu.

Maçonaria e Igreja
Encobriram tal façanha
Matou o carpinteiro
De forma sórdida e tacanha.
Com a estratégica armadilha
Tiradentes foi pra França
E assistiu a queda da Bastilha.

O “OITAVAO” PECADO CAPITAL

Foi estabelecido pela Igreja
Sete pecados capitais
Todos têm como base
Desejos e sentimentos carnais.
Com o tempo, transformação
Surge o oitavo pecado
A prazerosa traição.

A Igreja não aceita
Mas defesa é unânime
A traição esta aí
O resto que se dane.
Querer a mulher do próximo
É o desejo de muita gente
E do prazer proibido ser sócio.

A mulher para trair
Um motivo precisa ter
Nesta regra não se inclui
Vadia prêt à porter
O homem precisa ter
Apenas uma mulher
Para o “crime” cometer.

Fidelidade é pra pobre
Regra moral da burguesia
Casamento é um negócio
De contrato e ousadia
Ser fiel não é só virtude
É partilha da sua vida
Com alguém de atitude.
Este alguém de atitude
Você o ama de verdade
É a pessoa escolhida
Seja feia ou beldade
É selada uma aliança
Alicerçada no amor
De carinho e confiança.

Infelizmente não é regra
A tal da fidelidade
Principalmente pra quem mora
Na roça ou na cidade.
Se não consegue ser fiel
Permita que seu (a) parceiro (a)
Também prove do mesmo mel.

UTOPIA E MUDANÇAS

Mudar este mundo entre outros
É desejo de utópico
Intelectual e professor
E discípulo apostólico
O mundo só muda com a gente
Quando inicialmente quisermos
Mudar a nossa mente.

Todas mudança ocorrida
Ao longo da nossa história
Rotulou-se primeiro
De ridícula e sem glória
Com muita organização
Somente séculos depois
Veio a louvável consagração.

Muitos já desistiram
Mas nascerão outros intrépidos
De até morrer pela causa
Desafiando os incrédulos
Não deixar ao Deus dará
Tudo está por fazer
Ser utópico é participar.
VIRGINDADE FEMININA: SELO DE BOA MERCADORIA

Somente pra ilustrar
Peguemos como exemplo
A virgindade da mulher
No passado e no nosso tempo
Pra mercadoria garantir
Era o selo de qualidade
Pro casamento existir.

A moral era tão dura
Autoritária e com aval
Das elites dominantes
Só faltou bula papal
Mesmo estuprada
Por namorados ou na rua
A moça era culpada.

Assim fomos criando
A moral de cada dia
Moça que não fosse virgem
Ia parar nas casas das “tia”
Com esta moral mesquinha
A casa das meninas moças
Foi se enchendo de “putinhas”, perdão! “Sobrinhas

Se tudo desse certo
O casamento acontecia
Faltava fazer o teste
E conferir mercadoria.
Caso não fosse verdade
Devolvia-se a jovem
Sem delonga e piedade.

O pai ao receber
A jovem se enfurecia
Além de deserdá-la
De casa expulsaria
Triste era a sua saída
Na igreja não ia mais
Da sociedade excluída.
Já pensou se essa moda
Continuasse a existir?
Não teríamos casamentos
Pra gente assistir
A moral se abrandou
Por meio de muitas lutas
E o homem a aceitou.

Isto prova pra nós mesmo
A necessidade de mudanças
Não importa se a fazemos
Por meio de alianças
Mudar é preciso
Mas o foco deve ter
Ética e juízo.

MULHER NÃO VIRGEM, HOMEM INSEGURO

Atualmente o homem vive
Inseguro e na captura
Pois a mulher com quem se casa
Não é mais virgem e nem pura
Tem experiência de sobra
E isto lhe ameaça
Sem falar da sua sogra.

Quando o homem quer se casar
A mulher não é mais virgem
Isto o deixa inseguro
E em muitos casos com vertigem
A mulher conseguiu
Ter sexo sem engravidar
E à pílula aderiu.

O que era comum ao homem
Estendeu-se para a mulher
Experimentar o sexo antes
Pra ver como é que é
Liberdade conquistada
Ainda reprimida
Prazerosa e questionada.
MACHISMO HEREDITÁRIO

Homem que é homem não tem
Serviçal ou empregada
Sua mulher tem a função
De manter a casa arrumada
Teoria questionada
Pelo mulheril pós-moderno
Coitado da macharada.

Deve servir o marido sempre
Sorrindo e feliz
Apanhando alegremente
E pra família ser atriz.
É tanta agressão
Manchas, tumores e inchaços
Escondidas da mãe sob pressão.

IGUALDADE FEMININA

A mulher de hoje em dia
É criada na liberdade
Estuda e se prepara
Pra lutar com igualdade
Ao expurgar o machismo
Atitude contemporânea
Não falei de feminismo.

ESCOLA OU PRISÃO?

As escolas no Brasil
Mais parecem uma prisão
Tem muro com arame
Ocorrência e suspensão
Tem professor embrutecido
Diretor inexperiente
E aluno entristecido.

A família cumpre a lei
Na escola coloca a prole
Comparece só quando intimada
Ficando de corpo mole
Na hora que o bicho pega
Diz: meu filho é um anjo
Atitude paternal e cega.

É comum ouvir o jovem
Reclamar da educação
Não estuda e não gosta
Da escola como prisão
O sistema é fabril
Os mestres são mal pagos
Quer aluno crítico ou imbecil?

Falar de educação
Mexe com a nossa história
Seja política ou pessoal
Não se usa só retórica
Só se faz educação
Com técnica e utopia
Ciência e dedicação.

A bendita transformação
É o efeito que ela faz
Tome cuidado no agir
Pra não ser um caifaz
Educar e se educar
É tarefa da sociedade
Pro mundo melhorar.

Tem mãe e pai tapados
Que crer em tudo que o filho diz
Parece não ter maturidade
Ou são donos da flor de Lis
Filho diz o que sente
Ora repete o que ouviu
Cabe ao pai agir com a mente.

Agir com a mente é perguntar
Que história é esta meu filhão?
Aperte o moleque com perguntas
Não precisa ser tigrão
Com lógica e cuidado
Terá argumento se quiser
Para ouvir o outro lado.

Infelizmente este cuidado
Tem pai que não pratica
Detona o professor
E o trata como titica
Na escola pública ou privada
Volta e meia isto acontece
Depois tudo vira piada.

É por atitudes como estas
Que em crise está a família
Crise de valores éticos
Seja aqui ou na Sicília
Exemplo assim abre leque
Para o filho se comportar
Na escola como pivete.

VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES

Entra ano e sai ano
Publicado em alguns jornais
Professor foi agredido
Em letras garrafais
O aluno impune se mantém
Como líder pros demais
Eis o professor refém!

Não defendo o retrocesso
Do velho autoritarismo
Quando o professor podia bater
Com poder e moralismo
Quero ser valorizado
Ter segurança no trabalho
E ser bem remunerado.
No ensino fundamental
Visite a supervisão
É lotada de aluno
Parecendo um camburão
Enviado por professor
Que não consegue ensinar
Diante de tanto horror.

O que chamo de horror
É a ausência de limite
Negada na família
E a escola não permite
Como pode uma criança
Refletir sobre o não
Se em casa é uma festança?

A moda do momento
É denunciar a escola
Não importa se é verdade
Que a ouvidoria está na cola
Traz a tona uma questão
Abuso de poder
E inépcia na gestão.

O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO

Se o professor for ofendido
Pra ter averiguação
Precisa de ocorrência
Policial na sua mão
Se o aluno é ofendido
Basta denúncia anônima
Êta sistema perdido!

O sistema educacional
É arcaico e moralista
Tem uma burocracia
Que não cabe numa lista
Trava o trabalho do gestor
Emperra o pedagógico
Só tomando um licor, professor.
Há professor que finge que ensina
E o aluno finge que aprende
Dizem por aí fora
Não sei se você me entende
Onde há fumaça há fogo
Não tampe o sol com a peneira
E não me venha com engodo.

Se seu diário está em dia
Organizado e assinado
É um dos pressupostos
Pra ser elogiado
Não quer saber o diretor
Qual é a didática
Do nobre professor. Que horror! Rufe o tambor!

Há diretor que estabelece
Na escola uma panela
Corriolas de plantão
Vigia e sentinela
Aos meus amigos tudo
Aos inimigos a lei
Vejam quanto absurdo.

O professor está sempre errado
Não importa a situação
Questionam sua prática
Sua moral e religião
É praxe de mexeriqueiro
Querer controlar tudo
Naturalmente e corriqueiro.

Pra muitos alunos de hoje
Professor é um coitado
Não o respeita simplesmente
E em alguns casos é açoitado
Se reprova é perseguição
Quando aprova deu mole
Se for calmo não tem ação.

Se na sala tem bagunça
É porque não tem moral
Se conta muita piada
É um cara sensacional.
Fala baixo ninguém escuta
Fala alto vive gritando
Só falta ser filho da Paula.

Fala a língua do aluno
Não tem vocabulário
Fala corretamente
É abusado e arbitrário.
A prova é curta tira a chance
Quando grande não dá tempo
Sacangem! Vai ter revanche!

Tem carro chora de barriga cheia
Viaja de ônibus é coitado
É novo falta experiência
Se for velho ultrapassado.
Se fala devagar é lerdo
Fala rápido vive com pressa
Desse cara nada herdo!

Se brinca com a turma é babaca
Explica muito escreve pouco
Não brinca com a turma é otário
Se souber muito é louco.
Chama a atenção é tosco
Não chama é frouxo
Traga-me um tinto dom Bosco!

Chega de carro é burguês
Toma ônibus é coitado
Usa internet é o cara
Não usa é atrasado.
Quando falta é turista
Se não falta é caxias
Com salário de corista.

Professor não é peão
Nem saco de pancada
Não é rico nem pobre
Mão de obra qualificada.
Mesmo assim na escola
Privada do meu Brasil
É descartado como sacola.

Tem colégio particular
Que dá apenas um cafezinho
Com biscoito pedagógico
Aquele de maizena sequinho.
Nunca vi tanta ganância
E falta de humanismo
Do dono e da gerência.

No dia do professor
Alguns fazem homenagem
Dá bombom todo ano
E um livrinho de mensagem.
Que exalta o professor
Mas seu salário é uma miséria
Viva o bolo opressor!

ERA UMA VEZ UM SACO DE PANCADAS

A violência contra mulher
Sempre foi comum nos domicílios
Com sequelas irreversíveis
Em muitos casos homicídios
Se você vive sob a lenha
Denuncie estes covardes
Viva a Lei Maria da Penha!

A denúncia é simples e fácil
Basta um telefonema
Ligue pro cento e oitenta
E resolva seu problema
O apressado come quente
Seja sagaz e astuta
Pro xadrez o delinqüente.
VIOLÊNCIA

Muitos vivem na tensão
Com medo do próprio irmão
Esquecem o companheiro
Em nome do dinheiro
Alienados pela teoria
De que o mundo é do esperto
Vivem em eterna agonia.

Tem violência doméstica
Urbana e rural
Tem violência do tráfico
E também policial
Tem violência jurídica
Salarial e social
Trabalhista e psíquica.
A violência no campo
É sutil e ardilosa
Aparece quando o sem terra
Invade terra ociosa
Não defendo invasão
Mas reforma agrária decente
Pois, o pobre é nosso irmão.

A violência está banal
Mata-se por coisa pouca
Tem gente que já morreu
Com tiro à queima-roupa
Por cantar mulher na rua
Por não ter pedido desculpas
Realidade nua e crua.
PENA DE MORTE

Pena de morte no Brasil
É desejada com eloqüência
Por milhões de brasileiros
Vítimas da violência
De malandro lúcido e pinel
Psicopatas e traficantes
E matadores de aluguel.
O movimento dos sem terra
È fruto da expropriação
Do capital e da ganância
Geradores da exclusão
Querem políticas sociais
Por isto são rotulados
De baderneiros imorais.

Sem terra invade terra
É imoral e estúpido
Governantes roubam milhões
Só desviou dinheiro público
Mas o que chama a atenção
É a memória curta do povo
Em tempos de eleição.

PODER PARALELO

O poder paralelo
No Brasil tem aumentado
Tem toque de recolher
E assiste necessitado
Nas favelas e boqueirões
O Estado só pode entrar
De helicóptero e caveirões.

Chamam de crime organizado
Tráfico de arma e de droga
Como pode ser organizado
Se é criança quem te rouba
São bandidos delinquentes
Usados por criminosos
Armados até os dentes.

É comum vermos na rua
Criança com “PT” na mão
Arma de grosso calibre
Passe a grana meu irmão!
As “PTs” são de polícias
Que mal pagos e sem caráter
“Vendem-nas” para as milícias.
Às vezes vejo jornal
E acho que estou no Iraque
É tanto tiro e violência
Que parece estouro de traque.
O show de horror a gente ver
Como se fosse vídeo game
Estampada na TV.

Na realidade bruta
Morre criança e inocente
Mãe chora pelo seu filho
Que pra sempre será ausente
O Estado nada faz
Pra quem continua vivo
Nem indeniza a mãe do que jaz.
A polícia não dá conta
E nem tem aparelhagem
A guerra tomou conta
Da favela e da garagem
Sem escrúpulo e sem valor
Filho de classe média
Está botando terror.
DROGAS

De grão em grão
A galinha enche o papo
De pedrinha em pedrinha
Você vai pro saco
Crack é droga de pobre
Cocaína é da burguesia
A morte iguala servo e nobre.

COMO SE CONSTRÓI MISÉRIA?

Dois bilhões de pessoas
Passam fome atualmente
Vivem da graça de Deus
E migalhas da ONU vigente
No quebra-quebra econômico
Governante socorre burguês
Que já tem lucro astronômico.
Os miseráveis não compartilham
Das melhores partes do bolo
Comem e quando comem
Farelo fruto de rolo
Rolo de gente cafajeste
Canalhas que prevaricam
Sobre a desgraça humana terrestre.

Pra combater a miséria
Discurso e mais discurso
O pobre precisa comer
Não tem estrutura de urso
Bolsa-família é questionada
Por ricos e classe média
Os que nada tem terão nada.

Não sou petista, hoje sou
Um cara idealista
Tenho meus pés no chão
Não defendo capitalista
Meu pensar é filosófico
Minha ação construtivista
Não desisto de ser utópico.

A miséria no Brasil, meu irmão
Tem causa histórica e profunda
Muito roubo e sacanagem
Fornicação e caxumba
Por caxumba quero dizer
Faltou saúde e comida
Educação trabalho e lazer.

Desde os tempos de colônia
Uma elite dominou
Matou índios inocentes
Caçou, alienou e estuprou
O que se chamou de conquista
Causou desigualdades
Isto não é ponto de vista.

Apoiados pela Igreja
Que também usufruía
Do produto interno bruto
E riqueza possuía
Jesus Cristo foi usado
Encobrindo a pilhagem
De um bando de safado.

A caçada tinha o apoio
Da santa Igreja Católica
Rica, forte e destemida
Organização apostólica
Rufe o tambor tamboreiro!
Hoje a Igreja tem outro foco
Sem milagre de padroeiro.

GRAVIDEZ TRAZ MATURIDADE?

No prazer vou me acabar
Já vi muitas afirmarem
Jovens fanáticas por sexo
Não há nada que as parem
Somente a gravidez
Dura e generosa
Traz senso crítico e solidez.

LÓGICA

Nem tudo que reluz é ouro
Existência não é essência
Não estou criando querela
Nem reluzindo as aparências
Essência é o que é
Existência é o que pode ser
Um não-ser é que não é.

NÃO LEVE VANTAGEM EM TUDO

Papagaio come milho
Periquito leva a fama
Inteligente vence na vida
O esperto vai à cana
Não seja mascarado
Arrogante ou sinistro
Debochado ou tirado.

Diga-me com quem andas
Que direi quem tu és
Malandro que é malandro
Quer dinheiro aos seus pés
Honesto não é funesto
Respeita os princípios
Resiste aos adversos.

FIM DE CASAMENTO

Viver é um mistério
Morto é no cemitério
Jangada aparelhada
Quem não pegou mulher casada
É impróprio à pescaria
Levar sua mulher
Ou se excluir da baixaria.

CORRUPÇÃO POLÍTICA

Se Deus é brasileiro
Como é que ele deixou
A violência tomar conta
Das ruas de Belô
Não sou cético nem vigário
Mas Deus não é culpado
Se elegemos salafrário.

O inferno está cheio
De intenções com recheio
Preste muita atenção
Em tempos de eleição
Lobo se veste de cordeiro
Periquito de papagaio
E muito doutor de toureiro.

Cão que ladra não morde
Cautela nunca é demais
Em tempos pós-modernos
Banalizam catedrais
Feio rico é endeusado
Cuidado pra não ser vítima
Do cão político safado.

DEIXE A VIDA ME LEVAR

Nunca confie na sorte
O triunfo nasce da luta
Não seja um forasteiro
Pois nem tudo é disputa
Ame o próximo como a si mesmo
Deseje sempre bons fluídos
E tome pinga com torresmo.

Aproveite sempre a sorte
Enquanto está a seu favor
De certo modo não existe
Mas acredite sem pavor
Na altura do campeonato
Quem perde vai à luta
Quem ganha chuta pro mato.

Nada como um dia após o outro
Pra se agir com a razão
Refletir não é costume
Do homem de emoção
Ama tudo, tudo demais
A paixão é mola mestra
Desde muitos carnavais.
Devagar se vai longe
Dia de muito, véspera de pouco
O galo da madrugada
Deixa pobre e rico louco
Devagar é a prudência
Carnaval é passageiro
Não tenha muita exigência.

LEI SECA?

Um bom vinho tinto
Nunca fez mal a ninguém
Beba sempre moderado
Saiba gastar seu vintém
Seja prudente ao sair
Do bar ou restaurante
E não tente dirigir.

Cada coisa a seu tempo
Viva o bom momento
Lei seca nos impede
De beber na nossa sede
A polícia não fiscaliza
De vez em quando uma blitz
E tudo se banaliza.

PRUDÊNCIA

É melhor não cutucar
A onça com vara curta
Psicopata não é louco
Louco é quem surta
Em boca fechada não entra mosca
Vara curta é sua língua
Onça é vaidade tosca.

ALIENAÇÃO DIGITAL

Quem tem boca vai a Roma
O dinheiro compra tudo
Trabalho é tortura
Mega sena é pra sortudo
Quero ir noutro lugar
De onde emana leite e mel
Na internet vou plugar.

FILOSOFIA E CULTURA POPULAR
.
Últimos serão primeiros
Sei que não vai comungar
É uma frase conformista
Repense pra continuar
Não sei quem disse isto
Se foi o homem da cobra
Ou membro da banda Calisto.

Fale devagar e pense rápido
Homem de pouca fé
Pensar rápido é virtude
Fale devagar quando der
Em certas situações
Pouca fé é necessária
Pra se fazer coalizões.
Quem ri por último ri melhor
Pra mim é retardado
Foi porque não entendeu
Ou se faz de engraçado
Não sou um cara vil
Nem quis te ofender
Se a carapuça serviu.
Quem espera sempre alcança
Ou esperando morrerá
Os altos e baixos da vida
Pra alguma coisa servirá
Quem não tem cão caça com gato
Nem mesmo recomendo
Pra quem vive me enchendo o saco.
Eu cheguei ao cemitério
Às onze horas do dia
Meu cabelo arrepiava
E meu corpo estremecia
Defunta fêmea gemia
Defunto macho roncava
E foi aquela estripulia.

Arranquei o meu revólver
Arma de cavalaria
Quanto mais eu atirava
Mais defunto aparecia
Fiz pedido à Maria
Rezei um creio em Deus pai
E me livrei da agonia.

Não acredito em mulher
Com aparência e ares de anjo
Mulher é tentação, disse
Agostinho: “o arcanjo”
Mulher que não dá voa
Nunca vi mulher voando
Tanto feia quanto boa.

Em casa de ferreiro
O espeto é de pau
Filho de professor não estuda
Filho de burguês é o tal
Aqui se faz aqui se paga
Cada coisa a seu tempo
Cuide bem da sua chaga.

De moeda em moeda
Se faz uma fortuna
Crio porco e boiada
No município de Itabuna
Quem avisa amigo é
Moedinha não faz fortuna
Quer alienar quem, Zé Mané?

MÍDIA: SANTA OU PECADORA?

No Brasil a televisão
Mostra o Tietê
Do alto e de helicóptero
Só pra inglês ver
Encobre a poluição
Com tecnologia de ponta
De última geração.

Pouca gente lê jornal
E não assiste à TV
Se sente saturada
Pois já sabe o que vai ver
Notícias negativistas
Violência, fome e dor
Macabras e pessimistas.
As aparências enganam
A mídia é uma parada
Pra sociólogo resolver
Por ser muito mascarada
Programação mercadológica
Manipulada e erótica
Sedutora e metódica.

Pra muitos sociólogos
A mídia é o quarto poder
Na mão de poucas famílias
Não publica o que quer esconder
Com tecnologia de ponta
Pinta o sete e aliena
E você não se dá conta.
NOVELAS

As novelas da TV
São eróticas e sensuais
Deseduca e aliena
Com cenas geniais
Seu poder imperial
Atinge todas as classes
No mesmo bate canal.
15 MINUTOS DE FAMA

Todo humano quer ter
15 minutos de fama
Não importa se está livre
Ou cumprindo sua pena
Só no Brasil S/A
Bandido é transportado
De jatinho particular.

IMPUNIDADE

Em cada cabeça uma sentença
Assim caminha a humanidade
Cada vez ganha mais força
Devido à impunidade
De rico e promotor
Famoso e político
Bandido e doutor.

O diabo veste prata
Político vive de aposta
Em rio que tem piranha
Jacaré nada de costas
Povo é massa de manobra
Político não vai preso
Pois a justiça ele dobra.

SUPERSTIÇÃO

Não posso deixar de lado
Nossa mania de ser técnico
Superstição e futebol
Na política meio cético
Sexta 13 é macabra
Gato preto, galho de arruda
E não passar debaixo de escada.

DE CENTAVO EM CENTAVO...

Nos dias atuais
É muito fácil se irritar
É tanto desrespeito
Até na hora de comprar
Seus centavos são retidos
Se pedi-los tratado é
Como chato intrometido.

20,99 foi a soma
De uma compra que fiz outrora
21 reais dei ao caixa
Na vila Pirapora
Obrigada! Disse próximo.
Meu centavo ali ficou
E eu excluído como um troço.

Numa loja um dia desses
Fui muito humilhado
Quando pedi o meu centavo
Para um caixa muito folgado
Pros colegas ele gritou
Quem tem um centavo aí
E meu sangue esquentou.

Exclamando perguntou
Seu colega de serviço
Centavo para quê
A gente aqui não tem isso
O gerente vai chamar
Como se eu fosse um agressor
Tenteando me intimidar.

Minha raiva foi tamanha
Possesso eu fiquei
Cancele a operação
O cartão logo tirei
Já cansado recebi
Meu centavo de troco
Nunca mais eu compro ali.
Não sei se o proprietário
Com centavos se enriquece
Todavia preconizo
Que todo dia acontece
De muquirana e cri-cri
Rotula o freguês
Por seu troco exigir.

Tem comerciante que acha
Que consumidor é obrigado
A receber troco em bala
Com se ele fosse gado
Mas ele não aceita
As balinhas do troco
Na compra de uma chupeta.

Não sou um muquirana
Nem chato ou cri-cri
Troco justo é um direito
Não tente me ingrupir
A mim o que é meu
A César o que é de César
Creio que me entendeu.
O EXORCISTA

Telemarketing é um serviço
Que emprega muita gente
Foi criado com intuito
De atender bem o cliente
Na prática é o inverso
É teste pra cardíaco
Exorcista e possesso.
PARADOXO

Em geral fico triste
Com a falta de gentileza
Pois, não necessariamente
Gentileza gera gentileza
É preciso às vezes ter
Atitudes duras e enérgicas
Pra gentileza acontecer.

BOM SENSO

Dançando um tango
Na casa de Zé Lacraia
A mulher de Zé Pinheiro
Foi dá um pum e cagou na saia
Não é coisa pra gente rir
Jogue pedra quem nunca teve
Gás preso ou piriri.

CONSUMO CONSCIENTE.

O consumo consciente
Não é moda, meu caro Zim
É consumo sustentável
Pro mundo não chegar ao fim
É respeito ao futuro
E às próximas gerações
Saia logo de cima do muro.

A atmosfera não reconhece
Diferenças sociais
Se não formos sustentáveis
Não sobrarão nem animais
Se você mora aí nos trópicos
Ou no clima temperado
Escute! Não seja só utópico.

MANIA CELULAR

Celular virou mania
Até criança quer ter um
Serve como radar
Pra ciumento ou bebum
A pergunta mais famosa
Onde é que você está?
Indelicada e danosa.

MULHER VADIA

Mostre quem tem
Esconde quem tem defeito
Assim pensa a mulher
Quando quer ninguém dá jeito
Mulher vavá é o seu nome
Vagabunda e vadia
De nome e sobrenome.

TRABALHADOR EMBRUTECIDO OU VAZIO EXISTENCIAL?

Não viajo de avião
Porque tenho medo de morrer
Mas com tanta violência
Vivo não sei por quê
Do presídio vem a sentença
Mensagem virtual
Ninguém toma providência.
Tem violência na rua
Comandada por bandido
Mata, rouba e espolia
José, Maria e Elídio
Bandido fruto do esquema
Que aprendeu com a elite
A usufruir do sistema.
Bandido é escória criada
Pelos donos do poder
Ninguém nasce e diz
Vou botar pra foder
É fruto da exclusão
Social e econômica
De pobres a milhão.

Trabalho todo dia
Em casa não descanso
Diálogo não existe
Novela virou ranço
Se eu tento conversar
Minha esposa logo diz
Pra depois recomeçar.
Entre uma e outra
Novela de uma noite
Minha marmita ela prepara
E me dá café com leite
Cochilo, ronco e babo
Ali mesmo no sofá
De cansaço eu apago.

Além do meu cansaço
Nunca tenho dinheiro
Trabalho feito louco
De janeiro a janeiro
Tenho sofrido de azia
De tanto comer marmita
Meio quente meio fria.

Meu batente é pesado
Como muitos por aí
Como feijão e ovo frito
E arrozinho com pequi
Do frango só asinha
Como lingüiça e farofa
De vez em quando uma carninha.

Minha vida não é triste
Mas é de entristecer
O que ganho não permite
A geladeira abastecer
Meu desejo é ganhar mais
Pra tratar das minhas proles
E me livrar dos marginais.

Esta é minha história
Que lhe conto sem louvor
Não tenho conta em banco
Nem mexo em computador
Meu bairro é favela
Meu nome é favelado
Minha rua é uma viela.

Minha filha aos treze anos
Com o patrão foi morar
Ele é o dono do morro
Seu negócio é traficar
Eu não pude impedir
Em lágrimas eu fiquei
Ao ver ela partir.

Em dois anos dois filhos
Espancamentos e prisões
Meus netos vivem comigo
Lá se vão os meus tostões
De culpado sou taxado
Sou xingado e esculhambado
Por não tê-la educado.

Minha esposa decidiu
Procurar uma saída
Escolheu uma igreja
E hoje se sente traída
Em letras garrafais
Os líderes da sua igreja
São acusados nos tribunais.

Parece uma piada
O que agora vou dizer
Minha esposa não concorda
Com as denúncias da TV
Tudo isto é armação
É obra do demônio
Defende o líder em oração.

Toda semana uma fezinha
Testo sempre a minha sorte
Entre um sorteio e outro
Meu sonho é alto e forte
É o que sobrou de mim
Apostar na mega sena
Enquanto chega o meu fim.

CONCLUSÃO

Não me acompanhe, pois não sou novela
Nem procissão do Senhor do Bonfim
O que escrevi não se segue
Pois, o que disse foi pra mim
Quem segue é alienado
Procissão eu não questiono
O que falei ta falado.

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sexta-feira, fevereiro 19, 2010 - 19:04

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josimar

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