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Madrugadas de água
Madrugadas de água
Perturbada em madrugadas
inventadas
junto a maresias bafientas…
Enterro o cheiro nauseabundo
em buracos de areia preta…
Por magia, soltam-se os
cheiros de marés
apetecidas
acariciando uns pés
delicados, magoados
da caminhada…
Por entre a espuma branca
assomem sereias,
nada iguais
às dos mitos
repetidamente contados
por marinheiros,
em noites de luas cheias,
prenhes de filhos
presos, nos seus ventres.
As mães choraram
e amaldiçoaram
tais feitiços
com olhos mortiços…
Rogam pragas, nesses dias…
Mas a sina do mar,
desaguando em oceanos,
é mesmo essa…
Dá e tira vida,
encanta e desencanta,
envolve em teias
de encantos
seres que, especados,
olham hipnotizados,
os mistérios
da alma dos oceanos.
Recuando em cursos de água,
vislumbro os rios e riachos
que transportam
o sangue das dores
de agricultores
que nas levadas
ficaram sem nada…
Ah! Água maldita!
Fonte de riqueza, de dor e Vida!
OF 13-03-2011
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Poesia :
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Comentários
O Mar
Madrugadas de água
A água: elemento fundamental de vida e para a vida plena!
O mar, uma atracção, um mistério, um olhar profundo...
Grata, Ex-Ricardo
Bjinho :)
"Madrugadas de água"
Olá Odete, seja bem vinda.
O seu texto marca o caminho da aceitação, enriquecendo as memórias do tempo.
Parabéns, gostei de te ler.
Abraço
Madrugadas de água
Obg, antonioduarte, pelo comentário enriquecedor!
Bjinho :)