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Semeio-me de Natal

É o adubo que me fermenta
crescendo em sementes minhas.
Rebentos de remotos milagres
ainda que estéreis sejam as raízes.
Mas há uma pródiga terra
insaciável de alimento.
E abraça em mudo silêncio
o universo das provisões.

E sou a Terra e Universo
embalando o berçário de incógnitas multidões.

E é no verso precocemente parido
que alongo o meu sentir
vertendo em cada palavra
gotas sequiosas de sedes.
De abraços. De beijos. De amplos sorrisos.
Mas há versos desprovidos de sentido
se esconderes o sol nas heras dos muros
e às estrelas lançares feitiços malditos.

Então nada será renovado.
Tempos, espaços, ciclos finitos.

Acontece encantar-me olhares de reencontro.
E pessoas ligeiramente curvadas
nas figuras atrativas desta época.
Boas Festas desejadas, pretexto do afeto
faltoso em tantos dias do ano…
E neste trilho colho ramos de azevinho.
Inseparáveis o verde e o vermelho
é esta a natureza de oferta e união.

Assim permito-me semear
sementes minhas em terras sedentes de criação.

OF- 16 e 17-12-14
Obra de Frida Kahlo
(ver em http://portate-mal.blogspot.pt/ )

Acho que bastava o poema. Contudo, também não será redundante desejar-vos uma ótima quadra natalícia. Que os valores do humanismo digam presente neste Agora e para todo um Sempre. Como acontece encantar-me olhares de reencontro, espero-vos de sorriso amplo :) :)

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terça-feira, dezembro 23, 2014 - 00:14

Poesia :

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Odete Ferreira

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