CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Vem do fundo do tempo

Vem do fundo do tempo
da profundidade duma face
que aos poucos envelhece sem perder
a esperança que lhe alimenta a alma,
esta vontade de perguntar:

“ o que é o homem
senão um bicho sem asas que rasteja
eternamente
quando se recusa a gritar?

“ o que é o homem
quando prefere o culto do trivial
e se contenta e satisfaz
com míseras missas apologéticas
com que o fazem calar?

“ o que é o homem
quando não é capaz de gritar?
“ o que é o homem
quando não vai ao fundo dos acontecimentos
e se borra todo como as crianças
com medo de se enganar?

“o que ó o homem
quando lhe batem os pés
e o fazem fugir como os gatos para o escuro
onde se esconde a tremer?

“ o que é o homem
quando se cala e se acomoda
às ideias que lhe vendem
e às promessas que lhe fazem
para o impedir de dizer?

Um homem assim não é coisa nenhuma!
É apenas uma coisa qualquer sem vontade
um ingénuo um bota-de-elástico
um berda-merda de homem
porque nem sequer chega a ser
uma merda de homem qualquer.

Submited by

sexta-feira, março 25, 2011 - 15:25

Poesia :

No votes yet

AlvaroGiesta

imagem de AlvaroGiesta
Offline
Título: Moderador Consagrados
Última vez online: há 12 anos 26 semanas
Membro desde: 12/28/2009
Conteúdos:
Pontos: 305

Comentários

imagem de antonioduarte

"Vem do fundo do tempo"

Olá Alvaro Giesta,

O seu texto incute o drama como um ensaio repugnante que atiça a braveza do ser.

Gostei da forma como pergunta e responde, guiando-se pleno e judiciosamente num antro de reflexão.

Parabéns, reparta sempre, que, o poeta não teme crescer.

Obrigado e um abraço. 

imagem de AlvaroGiesta

Vem do fundo do tempo

Obrigado António Duarte por me comentar.

Ando por aqui um pocuo "à nora" para ver/ler poemas e poder comentá-los.

Por exemplo, agora, dei com o amigo e tentei ver os seus poemas para os ler.

Esbarrei com a minha dificuldade em manobrar este site e o que apareceu?

Vários poemas que você comentou, entre os quais este meu.

Vou tentar outra vez ler os seus poemas. Nada como insistir descobrir o funcionamento disto.

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of AlvaroGiesta

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Tantas frases por dizer... 1 2.277 09/12/2011 - 21:41 Português
Poesia/Geral As loucuras na senda da luz 0 1.380 09/12/2011 - 07:24 Português
Poesia/Intervenção É preciso mudar 0 1.429 07/24/2011 - 22:03 Português
Poesia/Meditação FENDE A NOITE O VASTO LUAR 0 1.634 06/06/2011 - 13:24 Português
Poesia/Meditação o céu é longe, aqui (1) 0 1.676 06/03/2011 - 12:37 Português
Ministério da Poesia/Meditação 30. No fundo do tempo a minha alma vazia… 0 1.367 05/13/2011 - 13:31 Português
Ministério da Poesia/Meditação 29. Depois que a névoa cai sobre a terra… 0 1.731 05/13/2011 - 13:30 Português
Ministério da Poesia/Meditação 28. Sóis oblíquos 0 1.400 05/13/2011 - 13:28 Português
Ministério da Poesia/Meditação 27. Paredes meias habito com o sonho que cresce… 0 1.348 05/13/2011 - 13:27 Português
Ministério da Poesia/Meditação 26. Ficaram apenas as memórias 0 1.709 05/13/2011 - 13:26 Português
Ministério da Poesia/Meditação 25. Últimos resíduos da memória 0 1.805 05/13/2011 - 13:23 Português
Ministério da Poesia/Meditação 24. Nos umbrais da noite, o homem… 0 1.522 05/13/2011 - 13:22 Português
Ministério da Poesia/Meditação 23. Nos umbrais da noite, o sonho 0 1.934 05/13/2011 - 13:20 Português
Poesia/Meditação Há dias assim 0 1.279 05/12/2011 - 11:38 Português
Ministério da Poesia/Meditação 22. Ah! “se um dia a juventude voltasse…” 0 1.394 05/12/2011 - 11:03 Português
Ministério da Poesia/Meditação 21. Atropela-se o amanhecer… 0 1.273 05/12/2011 - 11:00 Português
Ministério da Poesia/Meditação 20. Deito-me nesta cama de espinhos... 0 1.330 05/12/2011 - 10:58 Português
Ministério da Poesia/Meditação 19. Multiplicam-se os suplícios… 0 1.291 05/12/2011 - 10:55 Português
Ministério da Poesia/Meditação 18. Onde o mar ladra furiosamente, a vida 0 1.342 05/12/2011 - 10:25 Português
Ministério da Poesia/Meditação 17. Onde as areias da praia se esquecem do mar… 0 1.685 05/10/2011 - 09:57 Português
Ministério da Poesia/Meditação 16. O absurdo “nada” 0 1.326 05/10/2011 - 09:56 Português
Ministério da Poesia/Meditação 15. As silhuetas diluem-se… 0 1.435 05/10/2011 - 09:56 Português
Ministério da Poesia/Meditação 14. Irados os sentidos… 0 1.473 05/10/2011 - 09:54 Português
Ministério da Poesia/Meditação 13. O dia em que a noite ficou mais escura ainda… 0 1.975 05/10/2011 - 09:53 Português
Ministério da Poesia/Meditação 12. Um lugar de luz e espuma 0 1.641 05/08/2011 - 23:16 Português