Amor...de filho
Pôs-se de tocaia, à espera do retorno do feliz casal,
Esperaria dias, noites, semanas, anos, se fosse preciso,
Estava determinado a agir, estava decidido a fazer-lhes mal,
Não queria saber de mais nada, tinha perdido o juízo.
Estava desesperado, de tanta dor,
Alguém, havia feito mal a ele, alguém tinha que pagar,
Ela ou ele, ele e ela, seja o que for,
Alguém iria matar.
Avistou-os e manhoso, escondeu-se num beco,
Já quando estavam, bem junto dele, a chegar,
Eis, que ele abeirou-se deles e perguntou-lhes o que era aquilo, em tom directo, seco,
Vera puxou Jacinto para trás dela e respondeu-lhe que não tinha qualquer satisfação a lhe dar.
A conversa piorou e subiu de tom,
Jacinto, atrás dela, já fumegava, de tanta coisa que ouvia,
Os dois estavam ali, a lavar roupa suja, na rua e em alto e bom som,
Quem passava, olhava, com os olhos desdenhava e seus ombros, encolhia.
Que pouca vergonha, era aquela?
Que tipo era este, petulante e malcriado,
E, que raio de mulher era ela?
Para o deixar de fora daquilo, como se ele nada fosse, um qualquer diabo.
Afinal, aquele tempo todo, era com ele, que ela havia estado,
Quem tinha algum direito, de a defender agora,
Era Jacinto, com quem tinha convivido com as suas dificuldades, lado a lado,
Já era momento de acabar com aquela conversa, já estava na hora!
E, foi o que fez…colocou ponto final naquilo.
Mandou um soco à cara do palerma, que logo foi ao chão,
Agarrou nela por um braço e quando se preparava para a levar, foi quando ouviu aquilo...
Um estalar, um estrondo, um tiro parecia de um canhão.
Mário, desesperado, havia puxado da arma, que tinha ido buscar,
Já havia decidido que naquele dia, a iria usar.
Sem medo, sem nada a recear,
Iria a alguém, com ela, a sua vida tirar.
Jacinto ao ver que aquela bala, tinha como primeiro destino,
O destapado peito da sua amada,
Lançou-se na sua direcção e como se tratasse de um acto divino,
Ofereceu o seu, para a bala disparada, ter como morada.
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 1525 reads
other contents of joanadarc
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Pasión | O teu Sorriso | 0 | 780 | 01/18/2012 - 23:30 | Portuguese | |
Poesia/Amistad | O telhado do Vizinho | 2 | 913 | 10/30/2011 - 19:00 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Sonho | 2 | 876 | 01/20/2012 - 10:28 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Soco | 0 | 964 | 12/01/2011 - 21:02 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Regresso do Caminhante | 2 | 1.018 | 11/05/2011 - 16:09 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Nascimento | 5 | 792 | 11/29/2011 - 00:38 | Portuguese | |
Fotos/Naturaleza | O meu abrigo | 0 | 1.527 | 04/09/2012 - 21:56 | Portuguese | |
Poesia/Intervención | O Menino | 0 | 978 | 02/07/2012 - 00:36 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Incesto | 0 | 1.577 | 12/05/2011 - 00:45 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O HOMEM PRESO NO SEU PRÓPRIO REFLEXO | 2 | 978 | 03/04/2012 - 21:54 | Portuguese | |
Poesia/Pasión | O HOMEM COM MEDO | 3 | 2.460 | 03/15/2018 - 11:12 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Encantamento | 2 | 6.819 | 12/01/2011 - 19:15 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Elo | 7 | 1.498 | 11/25/2011 - 23:56 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Casamento de Maria | 4 | 1.273 | 11/13/2011 - 20:54 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Caminhante | 3 | 914 | 10/31/2011 - 16:10 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | O Beijo dos Amantes | 11 | 985 | 12/30/2011 - 14:11 | Portuguese | |
Videos/Musica | O Beijo | 1 | 1.510 | 09/14/2011 - 00:17 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Arrumar das Botas | 5 | 1.070 | 01/06/2012 - 17:51 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | O Amor versus A Dor | 6 | 842 | 12/30/2011 - 09:17 | Portuguese | |
Musica/Hip Hop | O Amor é mágico | 0 | 3.979 | 08/05/2011 - 21:52 | Portuguese | |
Videos/Musica | O Amor é assim... | 0 | 1.094 | 02/10/2012 - 00:21 | Portuguese | |
Videos/Musica | Nothing Really Matters | 0 | 1.210 | 09/05/2011 - 23:19 | Portuguese | |
Musica/Otros | No more lonely nights | 5 | 2.048 | 07/24/2011 - 10:48 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | NO DIA EM QUE A MÚSICA MORREU | 10 | 1.194 | 02/26/2012 - 20:51 | Portuguese | |
Musica/Rock | Never let me down | 0 | 1.505 | 08/19/2011 - 03:01 | Portuguese |
Add comment