Lavadeira flamejante

Lavadeira flamejante
Voaste até à minha alma abjecta
-de linhagem inferior à tua -
E purificaste-me da minha simplicidade.
Saíste da lonjura de miragem alucinante
E cravaste-te em mim como seta
Escondida em raios de luar
Que esmigalham a saudade.

Fugiste da enxovia trémula
Carente de firmeza e paixão
E avançaste feito onda desentorpecida
Pela praia vazia do meu existir.
Sob égide de vagarosa émula 
Abalroaste meu lépido coração
Grato por ter vencido a penosa corrida
De morrer sem te ver sorrir.

Submited by

Lunes, Febrero 27, 2012 - 11:45

Poesia :

Sin votos aún

PedroC

Imagen de PedroC
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 13 años 24 semanas
Integró: 09/21/2011
Posts:
Points: 40

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of PedroC

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Amor Não sei o que edificar 0 908 02/27/2012 - 12:00 Portuguese
Poesia/Amor Lavadeira flamejante 0 1.129 02/27/2012 - 11:45 Portuguese
Poesia/General No teu regaço 0 997 12/13/2011 - 23:02 Portuguese
Poesia/General Invade-me a periclitante luz fenestral 0 1.444 12/12/2011 - 00:37 Portuguese
Poesia/General Apaguei as tuas luzes e saí mudo 0 1.389 12/05/2011 - 01:44 Portuguese
Poesia/General A Escarpa dos Medos, dos meus segredos 1 1.523 11/26/2011 - 01:38 Portuguese
Poesia/General A borboleta tem asas. Tem. 0 1.321 11/26/2011 - 01:21 Portuguese
Poesia/General Cabelos pingando amor, dedos tocando paixão 0 1.042 11/26/2011 - 01:16 Portuguese