Lavadeira flamejante

Lavadeira flamejante
Voaste até à minha alma abjecta
-de linhagem inferior à tua -
E purificaste-me da minha simplicidade.
Saíste da lonjura de miragem alucinante
E cravaste-te em mim como seta
Escondida em raios de luar
Que esmigalham a saudade.

Fugiste da enxovia trémula
Carente de firmeza e paixão
E avançaste feito onda desentorpecida
Pela praia vazia do meu existir.
Sob égide de vagarosa émula 
Abalroaste meu lépido coração
Grato por ter vencido a penosa corrida
De morrer sem te ver sorrir.

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Monday, February 27, 2012 - 11:45

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PedroC

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