Sendas

Sigo a Lira
do poeta louco,
nos sendeiros da América.
Sigo a prata de Potosi,
o ouro das Gerais
e os negros olhos
da Marquesa que se foi.

Caminhos da louca famélica,
de tantos Pablos em vão.
Caminhos de Joaquim José
nos desvãos obscuros
de Assumares impuros.

Sigo a Lira
dos loucos profetas,
que nas montanhas
das Gerais
cantam a dor do Passado
pelo inútil sangue derramado.
Sigo em vão os Profetas eternos.
Parados, aleijados
no frontispício
do templo hospício.

A todos sigo
no caminho das Minas.
Selvas de pedras partidas
e de eternas Inconfidências
não resolvidas.
Sigo o canto,
sigo o campo
e nunca me farto
de seguir tanto.

Sou louco demente,
profeta inexistente
sem rumo à frente.
Mas ainda creio
que tarda o meu poente.

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Martes, Marzo 20, 2012 - 21:37

Poesia :

Su voto: Nada (2 votos)

fabiovillela

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Comentarios

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Meu caro amigo, poeta e mais e mais... Fabiovilela,

Meu caro amigo, poeta e mais e mais... Fabiovilela,
 

muito bom ter encontrado tua página de mil escritos.

Que continues seguindo a Lira, de todos os poetas loucos, dos eternos profetas,
deixando-nos teus versos, que exaltam e não deixam de prosseguir, seguindo o caminho de Minas!
 

Muitos parabéns, pelos livros já publicados, muitos mais virão, que capacidades não te faltam: pois tu és a tua própria procura, eterno estudante, a todas as novidades se entregando, com olhos limpos de criança.
 

Abraços meus.
Jorge Humberto

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Sendas...

Sendas

imaculadas

que vão sendo

desbravadas.

 

Saudações

 

Abilio

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