Personagens

De longe chegam
o homem, o Canto e o cavalo.
Por Guimarães foram paridos
e vagam pelo Mundo
como se tal lhes fosse permitido.
E vagam pelo Mundo
como o vento na serrania
e a saudade
que só de longe espia
o amor que vicia.
O homem sobre o cavalo
entoa um Canto bruto,
de bruta melancolia.
Versos, talvez,
da Neanderthal poesia,
ou da Botocuda sinfonia
de que nos fala
a intocada Maria.
Pouco adiante, mas antes do além-mar
há que se venerar
o velho Beato.
Santo sujo e feio
desse terra sem arreio.
E seguindo a maromba,
cruza-se a Canastra
até o córrego da Madrasta.
Ai, Rosa doutor, encerrou um sub-título
e cada um dormiu em seu capítulo
à espera que do chão
viesse o grito.
Do altar, o santo rito
e que do Bom Menino
respingasse algum perdão,
mas sem o dano da submissão.

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Miércoles, Enero 30, 2013 - 11:35

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fabiovillela

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"Ai, Rosa doutor, encerrou um sub-título
e cada um dormiu em seu capítulo
à espera que do chão
viesse o grito."

Mas o grito..., do chão não veio! Se gostei!

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