Cyber e Pã

No próximo Cyber Café
estudarei essa nova fé.
Neste Cyber Espaço
tentarei crer no deus de chip e aço.

Navego na WEB,
abraço outra Hebe
e olho que tudo se escreve.
Afinal, nunca se sabe do amanhã,
por culpa da Estrela-Anã.

Ainda existiriam os festins de Pã?
Orgia de deus e de fã?
E as bailarinas de Can-Can,
continuarão sua dança pagã?
Virá outro bárbaro exército de Gêngis Khan?

Quem há de saber?
Não se acha um manual para ler . . .

Quem nos empurrou para esse Destino?
Que duro assassino
é capaz de matar um sonho de menino?

Mas, Fabio, é esse o Mundo.
Saco sem fundo
de pesadelo, de gente,
de heroi e de demente
(até de crente).

E não há como recusar essa ceia.
Pois nos corre na veia.
Cá estamos. Presos nessa teia.
E nem se escuta qualquer sereia.

Já não há mais Ìtaca, Odisseu.
O dragão da realidade a comeu.
Penélope já não tece,
o vapor de Delfos a entorpece.

E tudo se perdeu . . .

Submited by

Lunes, Julio 20, 2009 - 13:00

Poesia :

Sin votos aún

fabiovillela

Imagen de fabiovillela
Desconectado
Título: Moderador Poesia
Last seen: Hace 8 años 37 semanas
Integró: 05/07/2009
Posts:
Points: 6158

Comentarios

Imagen de Henrique

Re: Cyber e Pã

Criativo e inspirado, um bom poema!!! :-)

Imagen de KeilaPatricia

Re: Cyber e Pã

Muito Bom...

:-)

Imagen de marcodias

Re: Cyber e Pã

Bravo.
Todo o misticismo incluso no texto revela grande literariedade, uma sátira ao que somos; repare-se na quadra:

Mas, Fabio, é esse o Mundo.
Saco sem fundo
de pesadelo, de gente,
de heroi e de demente
(até de crente).

Até de crente no plaino mais baixo da hierarquia.

Abraço

Marco

Imagen de MarneDulinski

Re: Cyber e Pã

LINDO GOSTEI DEMAIS, MEU CARO POETA!
E não há como recusar essa ceia.
Pois nos corre na veia.
Cá estamos. Presos nessa teia.
E nem se escuta qualquer sereia
MEUS PARABÉNS, GOSTEI E GOSTEI!
MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of fabiovillela

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Tristeza A Canção de Alepo 0 8.450 10/01/2016 - 22:17 Portuguese
Poesia/Meditación Nada 0 7.365 07/07/2016 - 16:34 Portuguese
Poesia/Amor As Manhãs 0 7.294 07/02/2016 - 14:49 Portuguese
Poesia/General A Ave de Arribação 0 7.422 06/20/2016 - 18:10 Portuguese
Poesia/Amor BETH e a REVOLUÇÃO DE VERDADE 0 9.188 06/06/2016 - 19:30 Portuguese
Prosas/Otros A Dialética 0 12.981 04/19/2016 - 21:44 Portuguese
Poesia/Desilusión OS FINS 0 8.043 04/17/2016 - 12:28 Portuguese
Poesia/Dedicada O Camareiro 0 10.594 03/16/2016 - 22:28 Portuguese
Poesia/Amor O Fim 1 7.370 03/04/2016 - 22:54 Portuguese
Poesia/Amor Rio, de 451 Janeiros 1 12.297 03/04/2016 - 22:19 Portuguese
Prosas/Otros Rostos e Livros 0 11.233 02/18/2016 - 20:14 Portuguese
Poesia/Amor A Nova Enseada 0 7.410 02/17/2016 - 15:52 Portuguese
Poesia/Amor O Voo de Papillon 0 6.697 02/02/2016 - 18:43 Portuguese
Poesia/Meditación O Avião 0 8.201 01/24/2016 - 16:25 Portuguese
Poesia/Amor Amores e Realejos 0 9.255 01/23/2016 - 16:38 Portuguese
Poesia/Dedicada Os Lusos Poetas 0 7.270 01/17/2016 - 21:16 Portuguese
Poesia/Amor O Voo 0 7.190 01/08/2016 - 18:53 Portuguese
Prosas/Otros Schopenhauer e o Pessimismo Filosófico 0 15.194 01/07/2016 - 20:31 Portuguese
Poesia/Amor Revellion em Copacabana 0 6.909 12/31/2015 - 15:19 Portuguese
Poesia/General Porque é Natal, sejamos Quixotes 0 8.532 12/23/2015 - 18:07 Portuguese
Poesia/General A Cena 0 8.206 12/21/2015 - 13:55 Portuguese
Prosas/Otros Jihadismo: contra os Muçulmanos e contra o Ocidente. 0 13.056 12/20/2015 - 19:17 Portuguese
Poesia/Amor Os Vazios 0 11.418 12/18/2015 - 20:59 Portuguese
Prosas/Otros O impeachment e a Impopularidade Carta aberta ao Senhor Deputado Ivan Valente – Psol. 0 10.443 12/15/2015 - 14:59 Portuguese
Poesia/Amor A Hora 0 10.760 12/12/2015 - 16:54 Portuguese