Sem estar, s’tou …

Sem es’tar es’tou,

Eis quanto e comum
Eu sou, ao ponto de ser
Peculiar em mim o ridículo,

Sem estar estou, apenas
Cansado de estar cansado,
Sorrindo sem estar contente,

Sem estar s’tou noutro lado,
Diferente e igual, sem estar
Me vou sentando entre gente,

Sinto-me pensar sem querer,
Perdido sem me perder, a ideia
De me perder é um desejo,

Um compromisso que assumo,
Tal como sonho o espaço
Sem o ver, sem í’star, sem o ter

Como quem conheço desd’início,
Apenas plo sorriso
Que podia ser d’alegria ou não ser,

Afinal que sorrir’alma tem,
Apenas cansaço eterno,
Minha ilusão terrena, efémera,

Nem outra coisa é preciosa
Mais pra mim qu’esse alguém,
Nesta ausência total de gente,

Eis quanto e comum
Eu sou neste triste circo,
Que tão pouco vida ou fera tem,

Procurando o que não encontro
Sonhando o que não existe,
Sorrindo sem vontade a tud’isto

E a quem está cerca, sem estar,
Apenas um esquivo e disto, pretenso,
Ridículo, “snob”.

Eis quanto e comum
Eu sou, tal qual o ar tíbio
Em que, pra sempre me vou …

Jorge Santos (07/2017)
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Jueves, Febrero 8, 2018 - 12:50

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