CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Vega

Vega

Não, não digas nada irmã já seca e
Nega o que de facto possa ser falácia
Em surdina e antes que se veja cega e
Vesga, a noite, Não se dê depressa ocaso

E seja tarde para bocas esfaimadas
E coros de lémures desbragados
E se estendam, amortalhados de tudo e nadas
De maus presságios e símbolos estafados.

Dorme, velada por Centauro e teu dote
Lembra, Tenho teus regatos bem guardados.
Labregos, os sensos que de mim, sendo íntimos,
Em ti, os deposito como testemunho, inerte.

Responde, se tuas são, como colheita,
As almas em guerra, os oráculos e machados
E os Homens que por ti navegam, desterrados
E em vão buscam noutra Terra, esta que os deserdou?

Mas, na rampa da campa deste insano funeral,
Muda, continuas Vega, na noite e no vasto espaço,
Madraço e imposto do tempo raso, terminal,
Básico e humano se sórdido e baço.

É tudo, em tudo dúvidas e desculpas
E, perdido num sonho de brumas, esconjuro
E Partilho os últimos suspiros das naturezas mortas.

Jorge Manuel M. Santos
(02/2010)
http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

quinta-feira, fevereiro 11, 2010 - 18:56

Ministério da Poesia :

No votes yet

Joel

imagem de Joel
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 12 horas 56 minutos
Membro desde: 12/20/2009
Conteúdos:
Pontos: 43158

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Joel

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Geral Água turva e limpa 28 397 12/11/2025 - 21:26 Português
Poesia/Geral Escrever é pra mim outra coisa 26 735 12/11/2025 - 21:24 Português
Ministério da Poesia/Geral Mãos que incendeiam sóis, 18 246 12/11/2025 - 21:23 Português
Poesia/Geral A morte tempera-se a frio 18 273 12/11/2025 - 21:21 Português
Poesia/Geral Atrai-me o medo 33 362 12/11/2025 - 21:21 Português
Poesia/Geral Não sendo águas 23 138 12/11/2025 - 21:20 Português
Ministério da Poesia/Geral Nunca fiz senão sonhar 27 356 12/11/2025 - 21:19 Português
Ministério da Poesia/Geral O Ser Português 29 329 12/11/2025 - 21:18 Português
Ministério da Poesia/Geral Sou homem de pouca fé, 25 352 12/11/2025 - 21:18 Português
Ministério da Poesia/Geral Às vezes vejo o passar do tempo, 19 291 12/11/2025 - 21:17 Português
Ministério da Poesia/Geral Meia hora triste 19 121 12/11/2025 - 21:16 Português
Ministério da Poesia/Geral Não fosse eu poesia, 24 353 12/11/2025 - 21:15 Português
Ministério da Poesia/Geral No meu espírito chove sempre, 27 314 12/11/2025 - 21:13 Português
Ministério da Poesia/Geral Salvo erro 19 197 12/11/2025 - 21:13 Português
Ministério da Poesia/Geral Sal Marinho, lágrimas de mar. 23 167 12/11/2025 - 21:11 Português
Ministério da Poesia/Geral O sonho de Platão ou a justificação do mundo 20 430 12/11/2025 - 21:11 Português
Ministério da Poesia/Geral Horror Vacui 34 726 12/11/2025 - 21:09 Português
Ministério da Poesia/Geral Dramatis Personae 20 211 12/11/2025 - 21:08 Português
Ministério da Poesia/Geral Adiado “sine die” 20 154 12/11/2025 - 21:08 Português
Ministério da Poesia/Geral “Umano, Troppo umano” 21 161 12/11/2025 - 21:07 Português
Ministério da Poesia/Geral Durmo onde um rio corre 20 257 12/11/2025 - 21:06 Português
Ministério da Poesia/Geral Deito-me ao comprido 33 301 12/11/2025 - 21:05 Português
Ministério da Poesia/Geral Me dói tudo isso 16 376 12/11/2025 - 21:04 Português
Ministério da Poesia/Geral “Ave atque vale” 31 460 12/11/2025 - 21:03 Português
Ministério da Poesia/Geral Da interpretação ao sonho 23 221 12/11/2025 - 21:02 Português