Gritando

Em quanto vento se há-de
Dispersar esta alma quieta
Ao ponto de perder dela
A lembrança toda e a dor

Que neta é minha e me contém
Nela e até na morte, a mais madura,
Aquela que da árvore tomba
Com a simples brisa, meu peso.

E, quando o vento há-de
Continuar a voz aos anjos
Eu continuo mudo e longe
De ouvir o oco de mim mesmo,

Mesmo pondo a tímida boca
Ao ouvido, nada ouço dentro
Que leve o vento algum dia
E ao que meço como se tivesse

Comprimento medida e peso,
Meu coração obeso, gritante
Gigante e incontido …

Joel matos (01/2017)
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Viernes, Febrero 9, 2018 - 17:24

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