A CHUVA MOLHA AS ALMAS DISTRAÍDAS
A chuva, lá fora, molha as almas distraídas
e o oráculo boceja o hálito tépido da última oferenda.
As imponentes colunas do capitólio vigiam as fúteis vidas
dos plebeus, dos patrícios, e do general em sua tenda.
e o oráculo boceja o hálito tépido da última oferenda.
As imponentes colunas do capitólio vigiam as fúteis vidas
dos plebeus, dos patrícios, e do general em sua tenda.
A vestal letárgica dorme nos degraus do templo,
irresponsável, se esqueceu de alimentar o fogo sagrado.
O seu castigo, às outras, servirá de exemplo.
Seu degredo, sua escravidão, seu destino está vaticinado.
Roma se sustenta arrogante em sua glória frágil, temerária,
enquanto tinge a arena com sangue de dilaceradas feridas.
Seus heróis são lutadores, que se arrogam em fama lendária,
enquanto a chuva, lá fora, molha as almas distraídas.
J. Thamiel
Guarulhos, 21.01.2021
12:32h
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Jueves, Enero 21, 2021 - 16:35
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Comentarios
Obrigado pelo seu inteligente
Obrigado pelo seu inteligente comentário.
Bem, as almas distraídas são uma referência a todo ser humano
dentro do império romano. Me refiro aos escravos públicos, aos
escravos privados, à plebe, inclusive à casta privilegiada dos patrícios,
posteriormente aos cristãos. A arrogância romana era tão grande
ou até maior que às dimensões do próprio império que conseguiram formar.
A prepotência, na verdade, foi uma característica de todos os imperadores,
governadores das províncias, cônsules e pró-cônsules. Poderia
existir maior prepotência do que se considerar "deus"?
O povo romano, como ainda acontece hoje com a maioria dos povos,
se acostumou com a situação e se tornaram cegos (distraídos).
Quanto ao 666, poderei falar em outra oportunidade.
A história nos diz que Nero tocou fogo em Roma. Nero se justificou acusando
os cristãos. Isto é uma mentira para tornar interessante a estória. Ninguém
sabe, como se iniciou o incêndio em Roma. Provavelmente uma revolta popular.
Caro amigo J. Thamiel,
Caro amigo J. Thamiel, segundo o meu entendimento do final da última estrofe, deduzo que que se refere à diferença entre os patrícios (pagãos) que se divertiam dentro das arenas romanas, à custa das almas sofridas, à época em total aniquilação do emergente ideal cristão em que a clandestinidade e o sofrimento eram o verdadeiro "pão e vinho" da vida. Estes primeiros cristãos foram os verdadeiros mártires e percursores da civilização moderna. Há quem diga - e eu especialista não sou - que Nero é o dito 666, ou no Livro da Revelação (Apocalipse) a chamada "Besta".
Percebi bem ou estou completamente desaparafusada do contexto?