MARTINIÁCEA

MARTINIÁCEA.

Não senti nem mesmo seu eflúvio
E caem de meus olhos grande dilúvio,
Por não ter contigo noites gozadas,
Não pude acariciar estes seios
Nem mesmo em devaneios
E ver nossas roupas rasgadas.

Que saudade deste olhar de amante
Como o brilho do puro diamante;
Lembro-me agora de suas risadas
Como também de seus enleios
Trocava sua cor em veraneios
E eu na areia procurava suas pegadas.

Há de lembrar dos tempos pretéritos
Poderia ter grandes méritos
Como algo grande penetrante
Você não iria parar de abrolhar
Para mim seu divino olhar
E vendo eu, em seus olhos, o amor brilhante.

Fiz em noite uma feita
Mas não saiu perfeita;
Você não apareceu ao nosso encontro oculto,
Vi não clarão da lua, você mariposa,
Sei que outro tornará esposa
Suplicarei por ti que seja culto ².

Quando no orago entrar
E seu amado encontrar
Há de ver em um canto um vulto, eu sei,
Escutará o gemido da raposa
Não quero que seja mariposa
A mulher que tanto amei.

O que me resta é a saudade
Talvez a veja pela cidade
Com seus amores remidos,
Nesta ora farei um rogo
Mas não pense que seja um jogo
é saudades de seus ardentes gemidos.

Oh! Minha linda rosácea
Mas prefiro à martiniácea
Pois são mais raras eu sei,
Como você e seu floreio
Quis ser seu esteio
Olhos claros que tanto amei.

De que adianta a saudade
Se não vivo esta realidade;
Você vive neste enleio
Lançando o medo em mim
Minha flor, mais bela que jasmim;
Acabe com este devaneio

Acabe também com este delírio
Pois me colocaste neste martírio
e ainda irá se afogar
Em meus quentes beijos,
Terá realizados seus desejos
E meus braços a te afagar.

Se preferir deplorar
E se minha pessoa adorar;
Será a mulher mais consumida,
Aclamarei ao demiurgo
Virarei até dramaturgo
Olhos claros, amor de minha vida.

Mas se preferir com outro reinar
Ficarei a imaginar
Onde foi que errei;
Às vezes o poeta vive em devaneios
Não pude beijar os seios
Da mulher que tanto amei.

Sem ter em você os dedos tocados
Fiz estes pobres rimados;
E não vi nenhum dos seus;
Será que teve medo
Achastes que era cedo
Adeus, olhos claros, Adeus.

MARTINIÁCEA.

Não senti nem mesmo seu eflúvio
E caem de meus olhos grande dilúvio,
Por não ter contigo noites gozadas,
Não pude acariciar estes seios
Nem mesmo em devaneios
E ver nossas roupas rasgadas.

Que saudade deste olhar de amante
Como o brilho do puro diamante;
Lembro-me agora de suas risadas
Como também de seus enleios
Trocava sua cor em veraneios
E eu na areia procurava suas pegadas.

Há de lembrar dos tempos pretéritos
Poderia ter grandes méritos
Como algo grande penetrante
Você não iria parar de abrolhar
Para mim seu divino olhar
E vendo eu, em seus olhos, o amor brilhante.

Fiz em noite uma feita
Mas não saiu perfeita;
Você não apareceu ao nosso encontro oculto,
Vi não clarão da lua, você mariposa,
Sei que outro tornará esposa
Suplicarei por ti que seja culto ².

Quando no orago entrar
E seu amado encontrar
Há de ver em um canto um vulto, eu sei,
Escutará o gemido da raposa
Não quero que seja mariposa
A mulher que tanto amei.

O que me resta é a saudade
Talvez a veja pela cidade
Com seus amores remidos,
Nesta ora farei um rogo
Mas não pense que seja um jogo
é saudades de seus ardentes gemidos.

Oh! Minha linda rosácea
Mas prefiro à martiniácea
Pois são mais raras eu sei,
Como você e seu floreio
Quis ser seu esteio
Olhos claros que tanto amei.

De que adianta a saudade
Se não vivo esta realidade;
Você vive neste enleio
Lançando o medo em mim
Minha flor, mais bela que jasmim;
Acabe com este devaneio

Acabe também com este delírio
Pois me colocaste neste martírio
e ainda irá se afogar
Em meus quentes beijos,
Terá realizados seus desejos
E meus braços a te afagar.

Se preferir deplorar
E se minha pessoa adorar;
Será a mulher mais consumida,
Aclamarei ao demiurgo
Virarei até dramaturgo
Olhos claros, amor de minha vida.

Mas se preferir com outro reinar
Ficarei a imaginar
Onde foi que errei;
Às vezes o poeta vive em devaneios
Não pude beijar os seios
Da mulher que tanto amei.

Sem ter em você os dedos tocados
Fiz estes pobres rimados;
E não vi nenhum dos seus;
Será que teve medo
Achastes que era cedo
Adeus, olhos claros, Adeus.

Submited by

Martes, Diciembre 15, 2009 - 23:05

Poesia :

Sin votos aún

SALICA

Imagen de SALICA
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 26 semanas
Integró: 12/15/2009
Posts:
Points: 34

Comentarios

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: MARTINIÁCEA

Lindo poema.

Parabéns,
um abraço,
REF

Imagen de MarneDulinski

Re: MARTINIÁCEA

LINDO POEMA, LINDOS DEVANEIOS SENSUAIS!
Meus parabéns,
MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of SALICA

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Ministério da Poesia/Erótico MEU ULTIMO AMOR 0 378 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Aforismo QUER RESSUSCITAR - LEIA 0 292 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Amor A VIDA APÓS A MORTE 0 236 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Aforismo MINHA TERRA 0 294 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Pasión TERRA NATAL 0 281 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Ministério da Poesia/General PARA UM GRANDE AMOR 0 302 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Aforismo PARA AS MULHERES QUE FORAM BEM AMADAS 0 310 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Ministério da Poesia/Pasión MULHERES APAIXONADAS 0 361 11/19/2010 - 19:09 Portuguese
Poesia/Aforismo MARTINIÁCEA 2 217 12/16/2009 - 02:44 Portuguese
Poesia/General PARA AS MULHERES BEM AMADAS 2 235 12/16/2009 - 02:43 Portuguese