Não reconheço minha afeição no espelho.

Onde ferve ternuras
Teus olhos abrem auras
Que desnudão dias escuros
E ornão-me aos celestes muros
Que sobrepujão esse amor

Nesse iluzo coração
Vai-te encontro a razão
Que teu corpo fez sedução
No tacto de nossa união
Pois, aqui é onde dorme esse amor

Erro vai ser inimigo
Se usufruir mal regalo
Com mãos insensiveis
Ao amor de uma mulher
Sentindo falta de carinho
E assim se conquista esse amor

Choras o homem teu próprio medo de amar
Nesse sentido que o mundo apenas sente-se só
Reconheço-lhe amor de identidade, seu rosto vejo
E radioso torna-se cada espelho em que somos refletidos.

Ser humano único animal que reconhece sua afeição no espelho
E o único que tem medo de afeiçoar-se aos espelhos do amor.

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Martes, Diciembre 22, 2009 - 21:18

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fugazmisantropo

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Comentarios

Imagen de cecilia

Re: Não reconheço minha afeição no espelho.

Fugaz,

Aprendes-te a expressar as palavras de forma a encantar que te lê.

Lindo poetar, o homem é o único a ter mil faces e temer a cada uma delas.

Abç

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Não reconheço minha afeição no espelho.

Caro amigo,

O espelho do amor é um perigo, pois reflete nosso próprio rosto. E isto pode significar que amamos a nós mesmos projetando este autoamor no outro, ou seja, no objeto do desejo.
Nosso ego é um problema sério no que tange a estas questões.

Ótimo poema! Gostei para caramba!

Um abraço,
REF

Imagen de MarneDulinski

Re: Não reconheço minha afeição no espelho.

LINDO POEMA, GOSTEI!
Ser humano único animal que reconhece sua afeição no espelho
E o único que tem medo de afeiçoar-se aos espelhos do amor.
Meus parabéns,
MarneDulinski

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