O brinde da moeda humana

O brinde da moeda humana

Se teu corpo estremecer, bem-vinda seja à minha morte
A fossa fúnebre dos que te repelem, no canal,
Faz companhia àqueles que fingiram te amar
Sentados quando precisaste, e, de pé, para agraciar a tua desgraça
Ninguém torceu por ti porque na vida todos são homens
Arrogantemente frágeis, um espectro evolucionário distante
Da terra, a miséria emana suas divergências e desigualdades
Com mais ferramentas que membros e pensamentos
Intolerantes e contundentes, um cacho de débeis articulações
Sem representar escândalo ou surpresa senão para a mediocridade
Um resto de perversão, uma salvação maldita
Características que não convêm à nossa hipócrita natureza
A civilidade como dogma, a realidade como parâmetro
Conferindo qualquer fé no que diz elevar-se diante de nós
Ou zelo pelo que fede de tão podre que se encontra
Estático, moribundo, anestesiado, apático e decadente
Encaremos todos o frio que há no verão das certezas
Para que jamais sejamos enganados pelas promessas de correção
Somos impuros, imperfeitos e ambíguos – talvez por distração
Compreendidos pelos detalhes das falhas que cometemos
Apresentados pelas mentiras que contamos
E preservados pelas falsidades que mantemos

Bernardo Almeida
 

Submited by

Lunes, Febrero 28, 2011 - 01:46

Poesia :

Sin votos aún

Bernardo Almeida

Imagen de Bernardo Almeida
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 14 años 24 semanas
Integró: 02/08/2011
Posts:
Points: 336

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Bernardo Almeida

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Pasión O veneno da saudade - Bernardo Almeida 0 456 02/28/2011 - 02:11 Portuguese
Poesia/Pensamientos Cacos espremidos - Bernardo Almeida 0 490 02/28/2011 - 02:10 Portuguese
Poesia/Intervención Imundo 0 640 02/28/2011 - 02:09 Portuguese
Poesia/Alegria Aquele 0 448 02/28/2011 - 02:08 Portuguese
Poesia/Amor Clichê - Bernardo Almeida 0 445 02/28/2011 - 02:07 Portuguese
Poesia/Pasión Castelo abandonado - Bernardo Almeida 0 733 02/28/2011 - 02:07 Portuguese
Poesia/Pensamientos Voto nulo - Bernardo Almeida 0 819 02/28/2011 - 02:06 Portuguese
Poesia/Fantasía Contatos noturnos 0 532 02/28/2011 - 02:05 Portuguese
Poesia/Meditación Mesa farta 0 480 02/28/2011 - 02:04 Portuguese
Poesia/Amistad Amigos do entorno 0 596 02/28/2011 - 02:04 Portuguese
Poesia/Amor Amor Lumière (Plus belle) 0 391 02/28/2011 - 02:03 Portuguese
Poesia/Amor Cela de ouvido 0 551 02/28/2011 - 02:02 Portuguese
Poesia/Pasión Devassa 0 672 02/28/2011 - 02:01 Portuguese
Poesia/Desilusión Abalo Sísmico 0 557 02/28/2011 - 02:01 Portuguese
Poesia/Desilusión Amor perdido 0 394 02/28/2011 - 02:00 Portuguese
Poesia/Meditación Observador 0 437 02/28/2011 - 01:59 Portuguese
Poesia/Intervención Institucionalizado 0 574 02/28/2011 - 01:58 Portuguese
Poesia/Pensamientos Molho requentado 0 626 02/28/2011 - 01:57 Portuguese
Poesia/Meditación Morfina 1 752 02/28/2011 - 01:56 Portuguese
Poesia/Meditación Deuses e demônios 0 492 02/28/2011 - 01:54 Portuguese
Poesia/Alegria Vale-vida 0 480 02/28/2011 - 01:53 Portuguese
Poesia/Pensamientos Leito 0 457 02/28/2011 - 01:47 Portuguese
Poesia/Amor Retorno 0 527 02/28/2011 - 01:47 Portuguese
Poesia/Fantasía Atemporal 0 568 02/28/2011 - 01:46 Portuguese
Poesia/Pensamientos O brinde da moeda humana 0 418 02/28/2011 - 01:46 Portuguese