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É meia-noite e a Lua chama-se amor
?
E foi assim em frente ao vidro da janela à meia-noite
Foi uma dor de olhos tristes
Que passou pela vidraça
Acenei-lhe com a mão um adeus que se fez vento
Deixei-a ir com a mala de memórias
Disse-lhe não, não lhe quis saber a razão
Porquê? Só céu, estrelas, inspiração e tanta luz
Porque a vida é o tempo que me resta para viver
E a Lua chama-se amor
Amo os dias, durante as noites em frente ao vidro da janela
Sim, amo o incerto dos dias e das noites que me restam
As possibilidades deste lado, o candeeiro apagado do outro lado da rua
E neste momento, a direcção por onde me leva o pensamento
Amo o silêncio da calçada até nascer o Sol.
Foi uma dor de olhos tristes que passou pela vidraça
Foi só um sopro, foi o vento.
É meia-noite e a Lua chama-se amor.
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Poesia :
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