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Morrem no peito Legiões

?

No ciclo eterno das estações, em cada nova reunião
A percepção exacta da palavra, do gesto
Como prolongamento, como extensão da âncora

Fundeada no longínquo mar dos meus ancestrais.

A nítida dimensão onde adormecem os sentidos
A claridade dos dias, a luminosidade das noites
Confinadas aos cantos desta dor

Em demorados rituais, prolongadas penitências.

À luz de outras existências, noutras sangrentas arenas
Tolhidos movimentos, envoltos, por lúgubre manto
Qual pesada lacerna

Na demanda que cruza este avito tempo
Desfaço a alma, contorço o corpo
Esfolo dos pés a pele, em passos sem cáliga

Percorro o vazio da antecâmara até à boca.

Revela-se agora um acústico círculo de vozes em coro
Onde se faz murmúrio e do murmúrio a palavra
E da palavra o cântico, rasgado por gritos

A plena evocação, à alma de todos os corpos
À loucura dos massacres

Ao delírio de todas as dores, num único momento.
 

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quinta-feira, junho 30, 2011 - 07:44

Poesia :

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loftspell

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Comentários

imagem de SuzeteBrainer

Um poema forte em imagens e

Um poema forte em imagens e sentimentos,retratado numa expressão artística completa.

E na tua bela poesia,destaco as tuas belas constuções:"Percorro o vazio da antecâmara até à boca."

Um grande abraçosmiley

imagem de carlosleite

A nítida dimensão onde

A nítida dimensão onde adormecem os sentidos
A claridade dos dias, a luminosidade das noites
Confinadas aos cantos desta dor

Uma bela imagem e, um belo poema ! :)

Atenciosamente,

http://opintordesonhos.blogspot.com

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