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Apurando a sensibilidade

Mergulho os dedos na areia fina
Apurando o tacto da minha pele,
Os seus grãos em carícia libertina,
Tocam-me doces, como se fossem o mel.

Minúsculos, dourados e quentes os grãos
Percorrem suavemente as minhas mãos
Quando as elevo e ponho a dançar,
Brincando com a areia seca, no ar.

E passa por mim o tempo sem eu o ver
Enquanto aprumo sensibilidade
Ansiando pelo momento de te ter.

Quando esse instante vier até mim
Sentirás minhas mãos bailando no corpo
Como pétalas caindo em ti, sem fim.

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domingo, abril 19, 2009 - 14:28

Poesia :

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MariaSousa

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Comentários

imagem de MariaSousa

Re: Apurando a sensibilidade

Obrigada pelos vossos gentis comentários e pela forma atenta como leram este poema. Todos o entenderam bem.
De um simples gesto nasce a poesia e todos nós o sabemos... :-)

Bjs

imagem de jopeman

Re: Apurando a sensibilidade

Um poema que apela de forma soberba aos sentidos, ao tacto. Apetece sentir as pétalas caídas em nós.
Bjo

imagem de Obscuramente

Re: Apurando a sensibilidade

Uhm, eu dava outro nome ao poema... :-D *Brincadeira*

Aquilo que mais me marca é a espera, o desejo, a vontade de tocar algo mais que a areia... mas assim como se afiam as facas para cortar... tambem se acariciam os dedos em suavidade, para melhor amar, tocar...

Muito bem conseguido este poema.

Beijo...

imagem de poisonrouge

Re: Apurando a sensibilidade

Muito linda a sua poesia, Maria Sousa!
Parabéns!

imagem de Henrique

Re: Apurando a sensibilidade

Como pétalas caindo em ti, sem fim.

Muita sensibilidade!!!

Gostei...

:-)

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