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Bipolaridade no amor

Bipolaridade no amor

“Estavas linda Inês posta em sossego

de teus anos colhendo doce fruito”

(…)

Evoco maquinalmente
estes versos simbólicos
dos Lusíadas, pátria cantada
em versos onomatopaicos
que permanecem nos ouvidos apurados…
Representação elevada
de pura sensibilidade
a momentos românticos.
Filme da realidade,
permanece na eternidade
de amores apaixonados.

Simbologia
tornada filosofia
de comédia da vida
e da vida em tragédia.
Joga-se no mesmo palco
tal como o choro e o riso.
Bipolaridade
estados perturbadores
trasmutados em escrito,
em palavra soada
a musicalidades
doentias…
Gravo-as na pauta
de todas as flores
nascidas de amores
da cópula do pólen
construindo o éden
da invisibilidade
perceptível na essencialidade
de alguns seres…

OF 10-08-2011
 

Submited by

quarta-feira, agosto 31, 2011 - 01:02

Poesia :

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Odete Ferreira

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Comentários

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Estavas, linda Inês, posta em

Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruito,


... Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuito,
Aos montes insinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas. 


morte negada. Partilha negada. A memória.

Por mais que qualquer realidade se expusesse aos olhos,

todos os sentidos permaneceram ébrios ... o amor negado perante a morte - perda ultima.

A realidade de Pedro era outra (beijas a mão da morta? beijas a mão da minha amada?)

No fundo, morrera com ela - a crise do trono matou muitos portugueses - o poder que corrompe!

O Paradoxo do descontinuum - a finitude sem tábua de salvação para a matéria - e o amor, ai... o amor. 

Suponho ser este o texto da Bipolaridade. Todas as doenças mentais são doenças dos afectos

Parabéns pela magnificiência das palavras e da profunda reflexão.

Bjo

imagem de Odete Ferreira

Bipolaridade no amor

Obg, RICARDORODEIA, pela tua análise e paciência.

Dizes algo que me prendeu: todas as doenças mentais são doenças dos afectos...

Não será a poesia a maior doença dos afectos porque nela escrevemos sobre eles,

sobre a sua presença ou ausência, em suma, dos danos ditos colaterais?!

Em todo o caso, este mote pode ser também uma paráfrase de uma situação em que não havendo morte real, há  perda.

E sim, muita reflexão me levou a escrever este poema.

Bj

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