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Começa mais tarde o nosso dia

Começa mais tarde o nosso dia
juntamo-nos, para deambular vagarosamente
pelos campos da nossa infância, em passos seguros
os penedos e as florestas souberam-se calar
enquanto nomeávamos as aves e as suas grandes migrações
que cruzam o vale estio, já cansado
mas que um novo brilho recebeu da tempestade
da noite anterior.

O ar quente corre-me pelos pés, e o reluzir do mar
que não oiço, na tua cara da qual suavemente
tiravas os cabelos que te perturbavam a visão.
Tornas-te um anjo quando o teu olhar se fixa
num mundo que desconheces, um anjo que é como uma fera
fazendo ascender as profundezas até à tua altura
mergulho directamente na escuridão, e comigo
mergulham fantasmas, do passado e do futuro que
atrás chamavam por mim, tentando-me deter, ou atrasar.
Regresso sozinho para respirar
as ondas vinham agora escuras e este mar é inodoro, e silencioso
quebrado apenas pela única
e insubstituível melodia, de chamares por mim.
 

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terça-feira, março 22, 2011 - 21:24
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Nuno Paixao

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