CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Coração trancado

Coração trancado

Hoje deu-me para pensar
Que vivo, porque dentro do meu peito
Tu trabalhas sem parar,
Que te devo mais respeito,
A gentileza dum olhar.

Mas só em pensamento qual utopia
Que não posso em ti entrar como gostaria
Alguém no tempo te trancou
E consigo as chaves levou.

E o meu pensamento relaxado
Viu então um coração enorme para amar
Grande, como todos os que têm muito amor para dar
E muito espaço desocupado…

Viu uma parte colorida
Com os amigos e a família querida
Uma outra de cores fortes e brilhantes
A representar desta vida os amores amantes
Uma terceira de cores amenas
O mapa dum sonho lindo que sonhei
No tempo realizei
E que cuido como parte das minhas gemas
Mais aquele espaço desocupado
Como se fora uma tela sibilina
Que o meu olhar captura e fascina
Na exibição dum filme do século passado.

Num belo cavalo branco montado
Entras em cena temerário e delicado
Galopando por entre a multidão
Que exultava e atrás de ti corria com a sofreguidão
De te falar, tocar, chamar a atenção.

A todos olhavas com alguma supremacia
Formoso e dotado que te sentias
E pelo mulherio endeusado
Sabias-te desejado e a todas olhavas
Com dissimulada ironia
Parecia, que fixavas um ponto distante…

Eu no meio da turba, folha dum livro de poesia,
Da cena que se desenvolvia,
Sou atingida por um raio de luz penetrante.
De repente o meu coração quase parou
Tal o impacto do choque que suportou.
Os meus olhos descobriam 

A  razão da minha nostalgia,
Da espera sem esperança,
Da tempestade sem bonança
Em que os meus sentimentos se revolviam!

Tu nem em mim reparaste,
Nem um só olhar me dedicaste,
E conforme em cena entraste, assim saíste….
Ficando eu triste, tão triste!

Este filme deixou muita poeira no ar
Que levou o seu tempo a assentar
Enquanto períodos de chuva ocorriam.
Eram aguaçais por todo o lado,
Saudades de nada,
Réplicas do choque que enterneciam
E tudo ao início retornava
E a seguir acabava.

Do filme o lugar no presente
É todo aquele espaço desocupado,
Asseado e curiosamente
Levemente iluminado
Que visito em pensamento
Porque lá dentro mesmo eu não consigo entrar
O Homem do Cavalo Branco o trancou
E com ele as chaves levou!
 

Submited by

sexta-feira, julho 15, 2011 - 17:46

Poesia :

No votes yet

Mª da Graça Moura

imagem de Mª da Graça Moura
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 12 anos 13 semanas
Membro desde: 06/18/2011
Conteúdos:
Pontos: 74

Comentários

imagem de MarneDulinski

Coração trancado

Belo poema, gostei muito, meus parab éns!

Um abraço,

Marne

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Mª da Graça Moura

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Amor À espera 0 406 12/08/2011 - 19:27 Português
Poesia/Fantasia A PITONISA 0 563 12/08/2011 - 19:12 Português
Poesia/Amor Porta aberta 1 752 09/24/2011 - 19:57 Português
Poesia/Meditação Aqui e agora 0 787 07/23/2011 - 23:16 Português
Poesia/Alegria Euhoje estou assim 0 492 07/23/2011 - 23:04 Português
Poesia/Amor Dor maior 0 552 07/20/2011 - 22:17 Português
Poesia/Tristeza Prisão sem grades 0 615 07/20/2011 - 22:03 Português
Poesia/Desilusão O que faria eu hoje se pudesse? 0 598 07/18/2011 - 18:35 Português
Poesia/Tristeza Confusão 0 528 07/18/2011 - 00:16 Português
Poesia/Fantasia O pastor 0 608 07/16/2011 - 21:20 Português
Poesia/Meditação Ziguezagueando 0 462 07/16/2011 - 21:10 Português
Poesia/Amor Coração trancado 1 1.287 07/15/2011 - 17:53 Português
Poesia/Geral Com todo o respeito! 0 646 07/15/2011 - 17:35 Português
Poesia/Meditação O meu retrato 0 572 06/18/2011 - 18:31 Português
Fotos/Outros Mª da Graça Moura 0 916 06/18/2011 - 15:30 Português