Encontro

Lê:
Adoro seus desvanios , suas doces "loucuras", sua suavidade e logo lembrei de Florbela Espanca a qual gosto muito.

Ando perdida nestes sonhos verdes
De ter nascido e não saber quem sou,
Ando ceguinha a tatear paredes
E nem ao menos sei quem me cegou!

Não vejo nada, tudo é morto e vago…
E a minha alma cega, ao abandono
Faz-me lembrar o nenúfar dum lago
´Stendendo as asas brancas cor do sonho…

Ter dentro d´alma na luz de todo o mundo
E não ver nada nesse mar sem fundo,
Poetas meus irmãos, que triste sorte!…

E chamam-nos a nós Iluminados!
Pobres cegos sem culpas, sem pecados,
A sofrer pelos outros té à morte!

- Florbela Espanca -

Beijos com carinho

"Quero ser
Infinita existencia
Do eterno ser!

Lindo Lê , como sempre linda. BJS com carinho

E num mergulho desenfreado
Como quem quebra as notas de um oceano infindo
Volto para a imagem que vejo através do horizonte que descrevo
Num afogado encontro e de meu Eu em Mim.

Não lhe chamaria fantasia mas sim meditação sobre o encontro connosco próprios!!!

:-)

Le,

"Meu ser jorra mares de euforia para dentro de mim
Como quem conhece seu horizonte
Sabendo que seu fundo
É profundo e vasto dentro de si."

Belissimo! :-)

Gostei do seu poema. Imagens suaves pinceladas com a alma, esperando o derradeiro encontro.

Abraço

Dolores Marques