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Flores Indizíveis
Flores Indizíveis
Há flores indizíveis, da mesma cor da minha sombra,
E quando as descrevo, são elas quem m’alembra,
Que não tenho, nos olhos a mesma nitidez
Do girassol, nem a solidez do chão, em que poisam cardos
Ou nas veias, a acidez da planta alcalóide,
Apenas partilho, com a natureza, a vontade
De me fazer dividir, pelos sentidos vasos,
Se bem que não ache, a porta dos humanos
Órgãos e entrar na pele deles, (Homens) é bem mais difícil,
Teria de pesar o juízo certo, ser d’eles uma indivisível ideia,
Com’um sonhador falso, entre tantos, sem fantasia
Nem assombro, ignorar a cor d’minha própria sombra,
A sombra das árvores ond’habito próximo.
Há flores invisíveis e com elas tanto me identifico,
Que, quand’as ofereço, esqueço que é o meu próprio
Sangue ou veneno, que perco em quanto escrevo.
Joel Matos (12/2010)
Http://namastibetpoems.blogspot.com
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Comentários
Se doar em escrita de flores
Se doar em escrita de flores indiviziveis é perder o sangue o veneno ,assombrar-se com a fantasia dividir os sentidos em vasos ...
Muito bom te ler !!!
Beijo
Susan